Aos 36 anos, Vasco Botelho da Costa soma troféus, duas subidas e chegou à Primeira: «Estou a habituar-me mal» | OneFootball

O treinador português é cada vez mais apreciado pelo mundo fora e, a cada ano que passa, parecem surgir mais e mais técnicos que se destacam por variados motivos. Este ano, em Alverca, Vasco Botelho da Costa enfatizou o seu nome e mostrou que o sucesso acumulado dos últimos anos não é acaso.

Com apenas 36 anos, o jovem treinador assumiu o comando da turma ribatejana à 5ª jornada da Segunda Liga, numa altura em que os alverquenses ocupavam o 14º lugar, com apenas três pontos (de 12 possíveis) conquistados. A missão parecia próxima de impossível, ainda para mais num campeonato como a Segunda Liga, marcado pelo equilíbrio e elevado grau de dificuldade para se destacar na luta da subida.

Começou bem (não perdeu nos primeiros seis jogos no comando), foi subindo na classificação e deu por cima a começar a causar dificuldades aos adversários diretos. Com o passar do tempo e a consolidação das ideias do treinador com a equipa, o chip mudou - Vasco Botelho da Costa admitiu que começou a sentir que podiam subir no Seixal, quando perderam com o Benfica B, por 2-1 - e tiveram uma 2ª volta de campeonato incrível.

Em 17 jornadas, totalizaram 11 vitórias, seis empates e apenas uma derrota (3-2 com o Penafiel). O Alverca foi sendo uma equipa bem trabalhada, a saber claramente os seus pontos fortes e onde as melhorias defensivas face à 1ª volta foram por de mais evidentes. Tudo culminou no jogo desta sexta-feira, onde venceram o Portimonense (2-1) e garantiram o regresso à Primeira Liga, 21 anos depois.

A cara desse sucesso? O jovem Vasco Botelho da Costa

Vasco começou a carreira de treinador com apenas 17 (!) anos, nas camadas jovens do GDS Cascais e por aí foi ganhando experiência durante sete anos, até que «saltou» para o Estoril Praia. Aí, depois de um par de anos também na formação, começou a fazer nome, quando comandou os Sub-23 canarinhos ao bicampeonato da Liga Revelação e duas Taças Revelação, «dominando» a categoria nesse período.

Valeu-lhe o salto para outro patamar e a UD Leiria apostou na sua irreverência e juventude. A aposta foi certeira, uma vez que na sua época de estreia conseguiu a primeira subida de divisão, da Liga 3 para a Segunda Liga. Já ninguém lhe era indiferente.

A experiência na Terra de Lis não acabou da melhor forma, uma vez que saiu ainda antes do final da sua segunda época, num desacordo com a direção do clube. Acabou por ser a sorte grande para este Alverca, como se veio a comprovar. Depois de garantir essa subida histórica, olhou para a sua carreira, em conferência de imprensa, e não escondeu a emoção.

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Por onde passou, teve sucesso. Vai colecionando troféus, subidas e apaixonando os adeptos e os jogadores das equipas por onde passa. É um treinador moderno, mas também um treinador de jogadores. O futuro de Vasco Botelho da Costa será o que este quiser fazer.