Jogada10
·17 maggio 2025
Atlético bate recorde de receitas em 2024, mas dívida cresce

Jogada10
·17 maggio 2025
Nesta sexta-feira (16), o Atlético divulgou o balanço financeiro da SAF. Em 2024, o Galo fechou o ano com um prejuízo de R$ 299 milhões. Antes, a dívida total acumulada do clube girava em torno de R$ 1,4 bilhão, agora subindo para R$ 1,814 bilhão. Em um ano, houve um aumento de mais de R$ 400 milhões.
Os dois principais fatores para o alto valor do prejuízo se devem pelos gastos elevados com o futebol e a dívida da SAF. Em folha, o montante gasto foi de R$ 333 milhões. Em 2024, o lucro do alvinegro chegou a R$ 419 milhões em receitas.
O principal problema financeiro do Atlético são as dívidas bancárias, de cerca de R$ 941 milhões. Juros e despesas financeiras explicam o valor elevado.
A dívida é calculada da seguinte forma: soma os valores das dívidas a curto prazo (um ano para pagamento) e a longo prazo (mais de um ano para pagamento), totalizando R$ 2,376 bilhões. Deste valor, são abatidas as receitas antecipadas a curto prazo (R$ 120 milhões), a longo prazo (R$ 433 milhões) e o total em caixa, no final do ano passado (R$ 9 milhões), o que dá R$ 1,814 bilhão.
Com a venda de atletas, o lucro foi de R$ 183 milhões. Entra nesta conta a negociação de Paulinho para o Palmeiras, realizada no início deste ano. Com a transferência do atleta, os mineiros lucraram R$ 102 milhões.
O SEO da SAF, Bruno Muzzi, a princípio realizaria uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (14), para falar sobre os valores. O que não aconteceu, com o relatório financeiro sendo publicado no portal da transparência.
Neste ano, o Atlético se encontra em situação financeira complicada. O clube chegou a atrasar um mês de salários e não efetuou o pagamento de parcelas de reforços adquiridos. O Galo deve ao Botafogo, Cuiabá, Corinthians, Athletico Paranaense e Coritiba. Inclusive, os paulistas acionaram a CNRD, enquanto os mato-grossenses entraram na justiça no ano passado.
Quando tornou-se SAF e assumiu a dívida do associativo, a expectativa era a quitação até o final de 2026. Porém, a cúpula mineira alterou o planejamento, não tendo, no momento, uma data certa para o pagamento. A partir de 2028, espera-se que os números se estabilizem e caiam.