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Zerozero

·3 marzo 2025

Entre as ausências, que se ergam as referências

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A lista de baixas é extensa, mas não existem desculpas - ou tempo a perder - na corrida pelo título. Os experientes - ou sobreviventes - tinham de vestir o fato macaco e estiveram à altura da ocasião. Inácio marcou, Gyökeres bisou e o Sporting bateu o Estoril, por 3-1.

Face às ausências no meio-campo, Rui Borges foi obrigado a virar-se, uma vez mais, para a mina de Alcochete e, desta feita, encontrou Eduardo Felicíssimo - primeira titularidade na equipa principal. Já Ian Cathro aproveitou o regresso de Xeka para apresentar a melhor versão canarinha.


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Fazer pela vida e dar o exemplo

Antes do apito inicial, nota para Gonçalo Inácio: o defesa de 23 anos, duas vezes campeão nacional e capitão de equipa esta noite, foi distinguido com uma lembrança alusiva à impressionante marca de 200 jogos pela equipa principal do Sporting. Depois do apito inicial, nota para... Gonçalo Inácio.

Estava destinada a ser a noite do internacional português. Ao quinto minuto, Zeno Debast cobrou um livre lateral de forma exímia, para o centro da área, onde apareceu a cabeça de Inácio, de rompante, a finalizar para o primeiro motivo de festejos da noite.

Por Alvalade, havia um ambiente diferente no ar. Uma mistura de apreensão, resiliência e esperança. As bancadas reconheciam o delicado momento da equipa - três jogos sem vencer no campeonato - e sabiam da importância dos duelos antes da paragem de seleções. Em caso de vitória nesses jogos, com a eventual recuperação de alguns lesionados na aguardada paragem, as pretensões do título ganhavam outra robustez. Por isso, assim que a bola beijou a rede, um peso saiu dos ombros das bancadas.

Peso este que, volta e meia, ameaçou reaparecer. A equipa do Estoril Praia mostrou ser tudo menos tosca e quis ter bola. Não só a teve como a tratou bem - e em zonas adiantadas. Contudo, a posse não se traduziu em perigo... e aproveitou o Sporting.

O 2-0 pareceu sempre mais próximo que o empate, apesar da vontade de controlar por parte dos estorilistas. Inclusive, a dado ponto, a vantagem mínima parecia curta para o leque de ocasiões leoninas. Trincão dispôs da melhor oportunidade e Gyökeres ameaçou antes de marcar.

Debast voltou a provar que tem mel na ponta da bota direita e, após assistir para o primeiro, deu ao sueco o privilégio de inscrever o nome na lista de marcadores. Depois, foi um golo à Viktor Gyökeres: lançado em profundidade, ganhou a frente, puxou para dentro, passou por dois adversários e chutou para o fundo das redes. Desta forma, pode-se gabar que já marcou contra todas as equipas da Primeira Liga. Coisa pouca.

O inevitável bate-bate coração

A perigosa investida de João Carvalho ao cair do pano não manchou a bela primeira parte leonina. Contudo, a separar o Sporting dos três pontos ainda estava toda uma segunda parte pela frente - ultimamente, complicada para o desgastado leão.

No regresso ao terreno de jogo, Sporting e Estoril tentaram dar seguimento ao que mostraram no primeiro tempo. Canarinhos com vontade de fazer a bola correr, leões mais cínicos a tentar morder ao invés de encantar. Nesse sentido, Viktor Gyökeres foi o mais procurado; contudo, algo combalido e coxo, não mostrou tanto acerto, como no primeiro tempo.

O ritmo do encontro parecia estar a abrandar - muitas paragens por lesão de ambos os lados - e a partida indiciava caminhar para um fim tranquilo, quiçá pouco vistoso ou entretido. O Estoril Praia recusou tal cenário e voltou a colocar à prova os nervos verde e brancos.

Gonçalo Costa foi lançado e, pela direita, com um remate seco por entre as pernas de Rui Silva, reduziu - golo de honra a premiar as boas intenções amarelas. Pelas bancadas? Medo do quarto empate em quatro duelos para o campeonato.

Para evitar males maiores - ou ataques de pânico desnecessários -, Gyokeres fez um favor ao universo leonino. Num lance sueco contra o mundo, falhou o golo, mas ganhou uma grande penalidade, após escrutínio do VAR - há mão, mas não é «deliberada», como disse Hélder Carvalho.

Dos onze metros, não houve hipóteses para Robles. Bis de Viktor e Sporting na frente do campeonato - com mais um jogo que o Benfica -  a dez jornadas para o fim.

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