AVANTE MEU TRICOLOR
·6 novembre 2024
AVANTE MEU TRICOLOR
·6 novembre 2024
Justiça ordenou São Paulo a repassar para o Pequeninos parte dos direitos de atletas formados na base (foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)
O São Paulo sofreu bloqueio de R$ 2.495.592,66 em ativos após ordem do Tribunal de Justiça. O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que esse valor terá como destino o Pequeninos do Jockey, clube paulistano conhecido pelo fomento de atividades esportivas com crianças e adolescentes.
Os ativos do São Paulo que foram bloqueados estão em uma conta judicial. Agora, o jurídico do Pequeninos pede ao Tribunal que pelo menos uma parte desse valor (R$ 645 mil) seja transferido imediatamente ao clube pequeno.
Além do direito à indenização, o Pequeninos quer também porcentagens dos direitos econômicos diversos atletas da base tricolor, entre eles os meio-campistas Liziero e Luan, esse atualmente emprestado ao Vitória. Ou seja: a indenização pode ser muito maior.
No fim do mês passado, o AMTtrouxe com exclusividade o processo judicial. O clube do Morumbi foi condenado em 1ª e 2ª instâncias a destinar 5% de futuras vendas de diversos atletas formados em Cotia, além da ordem de pagamento no valor de R$ 820 mil. Com juros, essa quantia pulou para quase R$ 2,5 milhões.
O valor de R$ 2,5 milhões se refere à porcentagem das negociações dos atletas Tuta (transferido para o Frankfurt) e Luiz Palhares (transferido para o Porto), negociados pelo São Paulo em 2019 e 2017, respectivamente.
Em outubro, a juíza Rebeca Teixeira deferiu o pedido de penhora das contas tricolores, ordenando o rastreamento das contas ligadas ao São Paulo.
O Tricolor ainda tenta reverter a decisão em Brasília, sobretudo de repassar porcentagens dos direitos econômicos de jogadores formados na base. Além de Liziero e Luan, o Pequeninos alega ter direito à parte do “passe” de Gabriel Falcão Moreira de Lima, Lucas Fasson dos Santos, Marcus Vinicius Oliveira Alencar, Thiago Couto Wenceslau, Théo Henrique Costa Ferreira e Gabriel Maioli.
Em seu recurso especial, a representação jurídica do São Paulo destacou que o documento levado pelo Pequeninos é apócrifo, fazendo a Justiça acreditar que se trataria de um contrato entre os clubes (o que não seria verdade) “na vã tentativa de criar um cenário de que haveria um reconhecimento formal do SPFC quanto ao encaminhamento dos atletas pelo recorrido indicados”.
O time do Morumbi comunica ao Tribunal que os jovens chegaram ao clube sem envolvimento “contratual” do Pequeninos. O São Paulo diz ainda que a lista apresentada pelo Pequeninos contava com 21 nomes de jovens, sendo que vários deles sequer passaram pela base do São Paulo, um claro sinal de inconsistência na reclamação judicial.