DomíniodeBola
·10 marzo 2025
FC Porto em crise: adeptos divididos sobre Martín Anselmi e futuro da equipa

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·10 marzo 2025
A derrota frente ao Braga (0-1) deixou o FC Porto praticamente afastado da luta pelo título e comprometeu seriamente o apuramento para a Liga dos Campeões da próxima temporada. Entre os adeptos, a insatisfação cresce, mas a continuidade de Martín Anselmi no comando técnico ainda não é posta em causa.
Num inquérito realizado pelo jornal O Jogo junto de cinco figuras portistas – José Fernando Rio, Álvaro Magalhães, Aurora Cunha, Carlos Tê e Miguel Brás da Cunha – ficou clara a preocupação com o rumo da equipa. Apesar das críticas à teimosia tática de Anselmi, a maioria acredita que a sua chegada foi pensada para a próxima temporada e que a solução passa por lhe dar tempo e reforços adequados.
Adaptação ou insistência?
Para Carlos Tê, o treinador argentino deveria procurar adaptar-se melhor ao plantel que tem à disposição, em vez de forçar uma ideia de jogo que os jogadores não conseguem interpretar.
“A não ser que este momento já conte como uma espécie de pré-época, que é o mais certo”, sugere.
Álvaro Magalhães reforça essa visão, apontando semelhanças com a situação do Manchester United.
“A ideia de jogo pode ser maravilhosa, mas se os jogadores não a conseguem executar… são os treinadores que têm de se adaptar.”
Por outro lado, Miguel Brás da Cunha acredita que Anselmi precisa de mais apoio para compreender o contexto do clube.
“Não creio que mudar novamente seja a solução, mas sim que o treinador perceba, ou que o ajudem a perceber, em que contexto está. E parece-me que essa ajuda está a falhar.”
Eliminação precoce e impacto financeiro
Além da luta pelo título estar praticamente perdida, o FC Porto teve um percurso dececionante na Taça de Portugal e na Liga Europa.
José Fernando Rio é claro: “A época é claramente negativa, porque não vamos atingir nenhum dos objetivos propostos.”
Carlos Tê, por sua vez, alerta para o impacto financeiro da possível ausência da Champions:
“Dois anos sem Champions é um golpe profundo.”
Já Aurora Cunha defende que o maior problema está nos jogadores.
“Por muito bom que um treinador seja, não se fazem omeletes sem ovos. Falta garra e crença de vitória. Se uma equipa sai a perder para o intervalo, tem de voltar com espírito competitivo. Se necessário, a comer a relva!”
O que esperar do futuro?
A incerteza sobre a próxima temporada paira sobre o Dragão. Com a Liga dos Campeões em risco e uma necessidade urgente de reformular o plantel, a aposta em Anselmi poderá ser um projeto de longo prazo, mas só se os resultados começarem a aparecer. Caso contrário, a contestação ao técnico poderá aumentar e a direção de André Villas-Boas terá decisões difíceis para tomar.
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