Gabriel Pierin, do Centro de Memória | OneFootball

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Santos FC

·15 gennaio 2025

Gabriel Pierin, do Centro de Memória

Immagine dell'articolo:Gabriel Pierin, do Centro de Memória

A expectativa para o Campeonato Paulista de 1955 era a mesma dos últimos dois decênios. A supremacia e o favoritismo estavam entre as três grandes equipes da capital. Desde que o Santos conquistara seu primeiro e único campeonato estadual em 1935, o troféu do torneio não voltou mais para a Vila Belmiro. Contudo, se o campeonato de 1955 começou igual, ele terminaria de forma bem diferente. O Santos quebrou o jejum e garantiu a conquista do título de forma merecida e incontestável.

O campeonato, disputado em turno e returno com pontos corridos, sagraria vencedor a equipe com maior pontuação. O Santos começou avassalador. Terminou o primeiro turno na liderança com apenas uma derrota e manteve-se favorito no segundo turno até as últimas rodadas. Nada parecia tirar o título de campeão. Mas, ele não veio fácil.


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O Santos sufocou o grito de campeão até a última rodada. O Alvinegro que tinha uma grande vantagem no número de pontos, viu a distância diminuir para o segundo colocado ao perder para o São Bento, faltando apenas três partidas para o fim do campeonato. Depois, veio o confronto direto com o único postulante ao título: o Corinthians. Motivado com a possibilidade de encostar no líder e deixar a decisão para o último jogo, o alvinegro da capital veio para Santos, no dia 8 de janeiro, disposto a brigar pela conquista e acabar com o sonho santista.

A renda recorde no Estádio de Vila Belmiro era uma demonstração do entusiasmo do torcedor. E a pressão da torcida deu certo. O Peixe abriu o marcador logo aos cinco minutos com Álvaro e ampliou com Feijó aos 38. Com 2 a 0 no placar, parecia uma questão de tempo para a vitória e conquista antecipada do título sobre o rival, mas o time do Parque São Jorge empreendeu uma incrível virada. Ainda no primeiro tempo empatou o jogo e aos 17 minutos da etapa complementar, o atacante Paulo, autor do gol do empate, virou para os corintianos. O êxito deixou o time da capital a apenas um ponto do líder.

A decisão ficou para a partida contra o Taubaté, no dia 15 de janeiro de 1956. O que poderia ser apenas um jogo comemorativo, virou uma verdadeira final. Só a vitória interessava e o time do Vale do Paraíba não iria facilitar. O técnico Lula fez algumas alterações na equipe. Escalou Urubatão e o argentino Negri nos lugares de Zito e Vasconcelos, punidos com um jogo de suspensão pela FPF. Deslocou Tite para a ponta direita no lugar de Alfredinho e retornou com Pepe no time titular pela ponta esquerda. O nervosismo e os desfalques não impediram a glória santista. O atacante Álvaro assinalou o primeiro gol aos 15 minutos do primeiro tempo. Berto, atacante do Taubaté, empatou aos nove da etapa complementar e Pepe desempatou, garantindo a vitória, aos 20 minutos. Nos minutos finais, a torcida agitou os clássicos lenços brancos, esperando apenas o apito final do árbitro João Etzel para invadir o campo e carregar os jogadores em triunfo. O Santos sagrou-se campeão paulista com Manga; Hélvio e Feijó; Ramiro, Formiga e Urubatão; Tite, Negri, Del Vecchio, Álvaro e Pepe.

Salve o novo Campeão!

A campanha foi praticamente irretocável no certame estadual de 1955. Foram 26 partidas, com 19 vitórias, dois empates e cinco derrotas. A equipe marcou 71 gols e Del Vecchio, com 22, foi o artilheiro do campeonato.

A conquista teve um peso histórico para o clube, já que marcou o início de uma era vitoriosa. Depois do título do Paulista de 1955, veio o bicampeonato em 1956 e o título de 1958, abrindo caminho para a gloriosa década de 1960.

Além da importância histórica, a conquista do título rendeu ainda a marchinha “Leão do Mar”, composta por Maugeri Neto e Maugeri Sobrinho, em homenagem ao time campeão paulista de 1955:

“Agora quem dá a Bola é o SantosO Santos é o novo campeãoGlorioso alvinegro praianoCampeão absoluto desse ano

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