Glória do Benfica discorre sobre o Clássico com o Porto e atira: "A comunicação tem..." | OneFootball

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Glorioso 1904

·13 novembre 2024

Glória do Benfica discorre sobre o Clássico com o Porto e atira: "A comunicação tem..."

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Rui Águas comentou e fez observações sobre o Clássico entre Benfica e Porto. Numa noite em que se tornou histórica para os encarnados, a glória do Clube da Luz deixou elogios á resposta das águias face ao desaire em Munique, no seu espaço de opinião semanal 'Visão de golo' no jornal ‘A Bola’ desta quarta-feira, 13 de novembro.

"Reagir depois da má jornada europeia, defrontando um rival poderoso e com um histórico de visitante incómodo, não se percebia fácil. Tempos houve em que perder por um em Munique quase dava um festejo. Não foi este o caso como ficou claro e logo reconhecido", começou por escrever.


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"Posto isto, o início dos jogos é, muitas vezes, definidor do que vem depois. Assim sucedeu com o FC Porto. O Benfica a entrar forte para afastar o desconforto do jogo passado era a primeira tarefa, cumprida com acentuada clareza", prosseguiu.

"Depois de um nervoso e dividido começo, o Benfica comandava inspirado e chegava naturalmente à procurada vantagem. Do nada, no empate se escorregou, depois de uma interrupção do jogo infeliz, forçada por alguns. Uma ação pouco inovadora e nada refletida, que acabou por ser mais um teste exigente que viria a ser ultrapassado com brilho", destacou Rui Águas.

"Esta reação em duplicado do Benfica, à derrota em Munique e ao inesperado golo do empate no clássico, acabou por confirmar a saúde e força de uma equipa, capaz de mudar e vencer cenários adversos, com qualidade e personalidade coletiva que fará sempre diferença", referiu o antigo jogador.

"Para além do jogo jogado onde se vibra e se conquistam vitórias, a comunicação tem, a cada dia que passa, um mais relevante e decisivo papel. A mensagem para os adeptos, para que contem com uma reviravolta enérgica e mantenham o fundamental apoio, é obrigatória quando um jogo corre pior. As equipas pedem e precisam dos bons adeptos, aqueles que ajudam", escreveu Rui Águas.

"Também o diálogo e a interação dos jogadores ganha especial sentido. Independentemente das estratégias táticas definidas, sempre discutidas na praça, são eles que jogam e por isso é também deles a responsabilidade direta do que acontece de melhor ou pior em campo. É finalmente nestas ocasiões que os líderes naturais, se assumem e complementam a normal comunicação do treinador com os seus atletas" argumenta Rui Águas.

"Para além da liderança do treinador, fundamental, os grupos movem-se com a influência de vários dos seus elementos, que pela sua experiência ou natureza representam o apoio suplementar necessário, dentro e fora da relva. Relativamente a este tema, defendo que os verdadeiros capitães de equipa devem ser escolhidos mais pelas suas caraterísticas e personalidade e menos pelos serviços prestados ou pela antiguidade nos clubes. Esta ideia não retira o espaço dos menos líderes, mas cujas carreiras merecem respeito. Uma espécie de capitães honorários...", considera o histórico do Benfica.

"É difícil a quem está de fora, mesmo para os profissionais do fenómeno liderança, perceber os grupos unicamente pelo que demonstram em campo. No entanto, uma verdade se confirma: os grupos fortes revelam-se nos maus momentos e as reações dependem e retratam com pouca margem de erro a realidade e a dimensão das pessoas que fazem parte. Foi esta a face que a equipa do Benfica mostrou em campo e que determinou o triunfo no clássico", concluiu Rui Águas.

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