Deus me Dibre
·5 maggio 2025
Leonardo Jardim exalta atuação intensa, domínio no segundo tempo e comprometimento

Deus me Dibre
·5 maggio 2025
O Cruzeiro conquistou uma vitória importante na noite deste domingo (04), ao bater o Flamengo por 2 a 1 no Mineirão, em partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. Kaio Jorge abriu o placar para a equipe celeste no primeiro tempo, enquanto Gabigol, que saiu do banco, marcou o segundo já nos minutos finais.
Após a partida, o técnico Leonardo Jardim valorizou a atuação de seus comandados e apontou a intensidade do segundo tempo como fator determinante para o triunfo diante de um dos principais times do país.
“acho que o Cruzeiro ganhou e justificou a vitória, principalmente no segundo tempo. O adversário, na segunda parte, não teve tão forte como na primeira e o Cruzeiro justificou plenamente a vitória. Disse aos jogadores agora: há um mês, não éramos os piores, mas também hoje não somos os melhores. Simplesmente ganhamos um jogo. Uma mensagem pra dentro, e pra fora. Somos uma boa equipe, humilde, trabalho. Hoje em dia estamos conseguindo apresentar mais qualidade e o segundo tempo foi a fotografia dessa situação.”
Com a vitória, o Cruzeiro chegou a 13 pontos e manteve-se entre os primeiros colocados da tabela. Jardim, no entanto, pregou cautela e evitou qualquer tipo de euforia.
Jardim exaltou o comprometimento do elenco com o trabalho e a metodologia implementada desde sua chegada, destacando a entrega e o espírito coletivo como peças-chave para o bom momento vivido pelo clube celeste.
“Não vou falar dos que não estão, não é meu hábito. Os que estão, tenho visto um compromisso grande, um compromisso com a ideia, a metodologia de trabalho. O grupo está de parabéns. Os jogadores, staff técnico, staff de metodologia, comunicação. Todos estão de parabéns. Aderiram àquilo que é o nosso projeto e ideia de gestão.”
Um dos pontos que chamou atenção durante a partida foi a demora para as primeiras substituições, feitas somente após os 85 minutos. Questionado, Jardim explicou sua decisão e ressaltou a influência dos jogadores que entraram na reta final.
“Em relação às substituições, não fiz antes dos 85 porque estávamos a jogar tão bem e eu queria aproveitar o momento. Quando eu senti uma quebra, coloquei jogadores frescos e ainda bem, porque os três tiveram uma influência direta no gol. E fico satisfeito. Eles mereciam, trabalham, tem atitude. Hoje, estava tão bem, que vamos trocar pra quem? Matheus deu as situações de perigo, pra que trocar? Sabemos que, enquanto não acaba tem que haver jogo. O Gabriel quando entrou eu falei ‘Gabriel, faltam 10 minutos, mas 10 minutos vai aparecer a oportunidade e vai ter que finalizar’. Fico feliz por ele também e por todo o grupo, merecem a vitória hoje. A gente mereceu, fomos melhores que o Flamengo.”
O treinador também destacou a força do Mineirão como diferencial para o desempenho do time, que segue invicto em casa na competição.
“O Mineirão, com a torcida, é o 12º jogador. Tem sido. Disse aos jogadores que devemos ter capacidade de jogar na nossa casa, com nossos torcedores, principalmente quando temos a bola”
Jardim ainda citou a intensidade do time como um diferencial: “Uma das situações que eu analisei quando cheguei, foi a intensidade e a capacidade que eu queria que os jogadores jogassem, em termos físicos. Tudo que aconteceu contra o Vila Nova, serviu para preparar os jogadores contra o Flamengo. Se verificarem, ninguém jogou mais de 60 minutos, e é fácil recuperar em 2 dias e meio, 3 dias. 90 minutos não é assim, tão bem recuperado. Por isso, nós, todos esses jogadores, Kaiki, Romero, Lucas, Wanderson… Eu preciso ter uma estratégia de gestão. Definir uma estratégia e todos trabalharem em torno das estratégias.”
E fez questão de ressaltar a forma como o sistema defensivo passou a ser mais eficiente, citando nominalmente o zagueiro Villalba:
“Nós estamos mais competitivos em várias áreas defensivas, ofensivas, pós perca de bola, recuperação. Tivemos uma evolução, com os mesmos jogadores. Villalba no início da época era dos mais criticados porque estava destreinado e hoje em dia é outro jogador. É um jogador que está treinado. E é isso que pretendemos. Estamos num patamar de treino que permite eles chegarem no jogo e fazerem bem. Meu objetivo é treiná-los pra quando forem chamados, competirem no mais alto nível. É o mérito do trabalho, compraram a ideia e eu tô muito feliz que as coisas tem evoluído e eles estão mais competentes e mais valorizados. O trabalho, normalmente, paga-se. Quem trabalha, merece.”
O foco agora se volta para a Copa Sul-Americana. Na próxima quarta-feira, o Cruzeiro encara o Mushuc Runa, no Equador, pela última rodada da fase de grupos. Apesar das chances remotas de classificação, Jardim adiantou que utilizará um time alternativo, com mudanças estratégicas.
“Terá algumas mudanças. Não é poupar, é gerir. Alguns jovens que aos poucos queremos colocar pra jogar. A ideia não é perder o jogo, é ganhar, independente de quem joga. O objetivo é ser competente”
Por fim, o comandante celeste comentou sobre a ausência de Dinenno, que sequer foi relacionado, e respondeu ao apelo da torcida por Gabigol, que acabou decisivo no fim.
“Eu respeito a torcida e gosto dessa emoção que os torcedores colocam no jogo. E obrigado por eles fazerem isso. Mas quando estou no jogo, se chamaram algum jogador, nem percebi. Meu foco é muito maior. As substituições foram feitas por necessidade da equipe. E aproveitamos pra colocar os jogadores que tiveram uma interferência direta no gol. Substituições são feitas por necessidade. Dinenno é um jogador que, pra esse jogo, não era o que pretendia. Falei com ele que não valia a pena trazer, que era pra trabalhar bem, treinar, que vem de lesão, carga de treino não é igual. E aproveitou esses dias pra trabalhar mais.”