Zerozero
·5 novembre 2024
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·5 novembre 2024
Noite de afirmação para o AC Milan, de Paulo Fonseca. Na Casa Blanca, epicentro de tantos males para quem a visita, o emblema italiano fez a melhor exibição da época e reforçou a confiança no ADN idealizado pelo treinador português.
O 1-3 extirpou as dúvidas dos tiffosi e devolveu ainda Rafael Leão às grandes noites: duas assistências para golos (a primeira em forma de remate, após brilhante rotação sobre Militão) e uma mão cheia de sprints e arrancadas imparáveis. Nota altíssima para o internacional português, cujo nível de empatia com Fonseca tem sido uma montanha-russa imprevisível.
A noite teve um toque português especial, claro, e isso revelou-se no próprio comportamento de Paulo Fonseca no banco. Apercebendo-se da importância do duelo, o allenatore não aceitou menos do que o Éden, o paraíso. Os seus jogadores foram consigo até às nuvens.
O Real Madrid, por outro lado, confirmou a irregularidade preocupante - na perspetiva blanca - de 24/25.
Na Champions já tem duas derrotas em quatro jogos e na liga interna, ainda há bem pouco tempo, recebeu uma lição de futebol do Barcelona no Bernabéu. Dias difíceis para Ancelotti, embora com este Real nunca seja ajuizado formular opiniões definitivas.
O jogo teve qualidade, oportunidades sem fim (19 remates para o Real e 14 para o Milan), mas sempre mais ordem e cabeça no lado da equipa de Fonseca.
Vinícius Jr. ainda empatou de penálti (23 minutos) o golo madrugador de Malick Thiaw, mas aos 39 apareceu o génio de Rafa Leão na área merengue: receção de costas, rotação e remate rasteiro, só para Lunin defender e Álvaro Morata encostar para o segundo do Milan.
Na segunda parte, o Milan manteve uma qualidade poucas vezes vista esta época com bola. Triangulações, apoios frontais e, claro, arrancadas tremendas, quer de Leão, quer de Pulisic e Musah. O terceiro dos visitantes, finalizado por Reijnders, foi servido em bandeja de ouro pelo português.
Rudiger ainda teve um golo anulado pelo VAR e o Milan saiu de Madrid em estado de graça. Paulo Fonseca não ganhou apenas este clássico europeu. Ganhou uma equipa e a confiança de um povo.