MundoBola Flamengo
·19 aprile 2025
Mundial: EUA podem 'comer' parte da premiação do Flamengo

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·19 aprile 2025
Apesar das premiações milionárias previstas para o novo Mundial de Clubes, a Fifa ainda enfrenta negociações delicadas com autoridades dos Estados Unidos para evitar que os clubes participantes sejam penalizados com altos impostos. Com isso, o Flamengo pode ter boa parte da sua premiação sendo retida pelo país sede.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", a entidade ainda não conseguiu garantir isenção fiscal para as equipes estrangeiras, que podem ser obrigadas a pagar taxas variáveis de acordo com o estado em que atuarem.
A situação contrasta com a da Copa do Mundo de 2026, que também será sediada nos EUA, além de México e Canadá. Por ter sido organizada com mais antecedência, a FIFA conseguiu assegurar isenção total de impostos para as federações nacionais envolvidas.
Cada clube brasileiro que disputar o Mundial de Clubes receberá US$ 15,21 milhões (cerca de R$ 86 milhões) apenas pela participação. Na fase de grupos, as vitórias renderão mais US$ 2 milhões e os empates, US$ 1 milhão. A partir das fases eliminatórias, esses valores aumentam consideravelmente.
A diversidade de alíquotas entre os estados americanos representa uma ameaça extra às equipes, especialmente às que jogarem em locais com maior carga tributária. Por exemplo, a Flórida, onde o Flamengo fará a terceira partida na fase de grupos, não cobra imposto de renda estadual, o que isenta os clubes que atuarem em Miami ou Orlando desse tipo de tributo.
Em contrapartida, outros estados aplicam taxas significativas, como 3% na Pensilvânia, onde o Flamengo fará seus primeiros dois jogos, 5,5% em Atlanta e 7% na Califórnia.
Além disso, alguns estados dos EUA não reconhecem os tratados de dupla tributação firmados pelo governo federal com outros países, o que pode resultar em uma cobrança duplicada sobre os rendimentos de pessoas físicas e jurídicas estrangeiras.
A Fifa segue negociando com autoridades locais para garantir a isenção, e segundo a reportagem do "The Guardian", há otimismo quanto a um desfecho positivo.
O presidente Gianni Infantino esteve duas vezes com Donald Trump em março, levando inclusive o novo troféu do Mundial de Clubes à Casa Branca. Na semana passada, ele também visitou o FBI como parte da agenda institucional nos EUA.