AVANTE MEU TRICOLOR
·19 gennaio 2025
AVANTE MEU TRICOLOR
·19 gennaio 2025
Presidente durante a viagem do Tricolor aos EUA (Instagram)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
A oposição do São Paulo quer ganhar uma sobrevida na vida política do clube após a vitória nos bastidores que conseguiu coletar as assinaturas necessárias para exigir uma sabatina com o presidente Julio Casares no Conselho Deliberativo no próximo dia 28.
O plano é claro: ganhar apoio popular da torcida com a oportunidade de cobrar explicações do mandatário tricolor no órgão.
Para isso, grupos políticos contrários a Casares estão convocando torcedores a enviarem perguntas ao presidente por meio das redes sociais.
A convocação está sendo feita pelo perfil do grupo 'Salve o Tricolor Paulista' no X (antigo Twitter).
Fontes ouvidas pelo AVANTE MEU TRICOLOR apontam que a tentativa de aproximação com a torcida é mostrar que existem grupos, digamos, independentes dentro da oposição, desvinculados com nomes que sempre apareceram como liderança do bloco, como Marco Aurélio Cunha e Newton do Chapéu.
Também há uma articulação interna para que fortalecer o nome de Fernando Casal de Rey, ex-presidente nos anos 1990 e hoje o mais conhecido dos oposicionistas são-paulinos dentro do Conselho, como eventual candidato para as eleições de 2026.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, o grupo vinha tentando desde o começo do mês conseguir as assinaturas necessárias entre os 260 conselheiros.
Com isso, o presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu, formalizou a convocação de Casares para participar de uma reunião extraordinária agendada para 28 de janeiro (após o recesso de 30 dias do órgão fiscalizador do Tricolor). Segundo o estatuto, essa reunião deve acontecer em até 15 dias.
Segundo a ata protocolada pela oposição, o mandatário são-paulino precisará prestar melhores esclarecimentos sobre três pontos: o orçamento do clube para 2025 e a compatibilidade das contas com o fundo de investimentos assinado com a Galápagos, a parceria com o magnata grego Evangelos Marinakis para investimentos em Cotia e atualizações sobre a reforma do Morumbi.
De acordo com o estatuto são-paulino, Casares precisará fornecer toda a documentação pedida pelos conselheiros sobre os assuntos que serão abordados.
Internamente, conforme apurou o AMT, muita gente que integra grupos políticos de sustentação da gestão Casares deverá subir o tom com o dirigente na reunião. Sinal claro, do desgaste aberto após o momento de quase ruptura entre o presidente e o diretor de futebol Carlos Belmonte no início do mês.
A 'cereja do bolo' para uma nova insatisfação aconteceu no anúncio de Oscar como novo reforço, quando Casares usou suas redes sociais para antecipar a contratação, irritando o pessoal da Barra Funda.
Se por um lado, contudo, uma aliança com quem claramente é oposicionista está descartada por ora, por outro, muita gente vai começar a tornar a insatisfação com o futuro político do Tricolor uma coisa mais pública.
O vazamento da informação da contestação da diretoria de futebol e, principalmente, o plano de Casares de supostamente ser um SEO de uma futura SAF são exemplos práticos de como existem alas internas que cobram, acima de tudo, um posicionamento mais claro sobre a linha sucessória para as eleições de 2026.
Existe, claro, uma longa estrada até lá. Mas os indícios são mesmo o de Casares ter planos concretos de voltar à presidência em 2030, ano do centenário, fato que incomoda alguns dos hoje aliados. E poderá mudar de vez as peças no tabuleiro. Sem a oposição atual, ao que parece...