Rodrigo Mora escapa a uma seca geral no FC Porto | OneFootball

A derrota do FC Porto frente ao E. Amadora expôs novamente a fase complicada que a equipa enfrenta a nível desportivo. Após duas vitórias seguidas contra Casa Pia e Famalicão, a formação de Martín Anselmi vacilou, não contando, na Reboleira, com a inspiração de Rodrigo Mora para inverter a situação. O desempenho notável do jovem talento de 17 anos disfarçou alguns problemas que afetam os azuis e brancos, mas depositar a maior parte da responsabilidade nas costas de um jovem é, sem dúvida, um risco. De certa forma, pode-se afirmar que surgiu uma certa “dependência de Mora” no Dragão, acentuada pela perda de influência de outros criativos da equipa.

Vamos aos números: desde a última pausa para os jogos de seleções, em março, o FC Porto realizou cinco jogos – venceu três e perdeu dois – e marcou um total de seis golos. Desses, quatro foram de Mora, alguns em momentos de pura genialidade, outros com a colaboração decisiva de Francisco Moura. Samu foi responsável pelos outros dois golos. No que diz respeito ao desempenho de outros jogadores criativos, é notável que Fábio Vieira e Pepê perderam influência nesta fase final da temporada. O médio, cedido pelo Arsenal, marcou pela última vez contra o Aves SAD, antes da pausa de março, após um período de forma elevado. Desde então, não voltou a marcar. Pepê, que costuma ser titular no ataque ao lado de Mora e Samu, tem tido uma época para esquecer: não marca ou assiste há 20 jogos, um desempenho que contrasta com o que fez em temporadas anteriores.

De forma menos acentuada, jogadores como Gonçalo Borges e William Gomes, que têm tido menos tempo de jogo, também não têm contribuído diretamente para o ataque do FC Porto. E não é necessário estender a análise a Deniz Gul e Namaso. O internacional turco foi titular nas últimas três partidas, mas não conseguiu marcar. O camisola 27, na verdade, não marca desde setembro.

A redução da dependência da capacidade de decisão de Rodrigo Mora é, portanto, uma questão que Martín Anselmi precisa de abordar. Isto porque, apesar de o treinador argentino já ter afirmado que conta com o jovem talento do Olival para a temporada 2025/26 – e de a renovação do contrato estar a ser finalizada – não há garantias de que um “tubarão” europeu não esteja disposto a fazer uma proposta tentadora no mercado de verão.