Mundo Rubro Negro
·23 de novembro de 2024
Mundo Rubro Negro
·23 de novembro de 2024
O Flamengo conquistou o bicampeonato da Libertadores em 2019, mas a trajetória não foi fácil. O caminho foi árduo, com diferentes adversidades que precisaram ser superadas para que o Rubro-Negro terminasse campeão. Nesse aniversário de cinco anos do título, o MRN lista cinco adversidades que o clube teve que superar para ficar com o título.
A campanha já começou conturbada, com o Flamengo precisando subir o morro, jogando 3735 m acima do nível do mar em Oruro, na Bolívia. A experiência foi complicada, e Diego Alves, por exemplo, revelou que aquela foi a primeira vez que jogou naquelas condições, em que a velocidade da bola é alterada.
Mesmo assim, na primeira rodada da Libertadores 2019, ainda com Abel Braga no comando do time, Diego Alves fechou o gol e decretou que a vitória dependeria do ataque.
Foi o que aconteceu. Bruno Henrique achou uma boa enfiada de bola para Gabigol marcar o primeiro dos seus nove gols da campanha histórica, batendo o time adversário em jogo difícil na altitude e sair com os três pontos no grupo.
Bruno Henrique (R) of Brazil’s Flamengo is challenged by Bolivia’s San Jose Ronald Segovia during their Copa Libertadores football match at the Jesus Bermudez stadium in Oruro, Bolivia, on March 5, 2019. (Photo by JORGE BERNAL / AFP)
Para o Flamengo, acabou se tornando comum trocar de treinador com frequência. E essa troca em específico acaba por trazer ótimas lembranças, já que o clube contratou, no mínimo, um dos maiores da história do clube. Mas naquele momento, trocar de técnico era turbulento.
Abel Braga não convenceu no trabalho que fazia pelo Flamengo. Por isso, o clube começou a procurar outro nome para o lugar do brasileiro. Foi quando Abel descobriu sobre as conversas com Jorge Jesus. Irritado, ele pediu demissão e deixou a equipe, que precisou se reinventar com a temporada em andamento para ser campeão.
No dia 29 de maio, Abel Braga sacramentou sua saída, mas para Jorge Jesus, não foi problema conseguir reinventar o time. O lusitano conseguiu campanhas históricas no Brasileirão e na Libertadores, mas precisou encaixar rápido o time para superar os obstáculos na competição continental, onde inclusive estreou com derrota nas oitavas de final.
Foto: Wagner Meier/Getty Images
O Camisa 10, agora aposentado, protagonizou uma das maiores histórias daquela edição. Mas para isso, teve que perder o jogo de volta das oitavas de final, além das fases de quartas e semis. Durante o jogo de ida no Equador, não bastasse perder por 2 a 0, o Flamengo ainda perdeu seu capitão.
Diego Ribas sofreu entrada dura de Dixon Arroyo, tendo grave lesão. O jogador do Flamengo teve uma fratura com lesão ligamentar no tornozelo esquerdo, vivendo a pior lesão da carreira. Mesmo assim, o craque foi valente e batalhou muito durante a temporada para conseguir voltar para a final. Seu retorno triunfal não poderia ter sido diferente.
Diego não em entrou em uma rodada de Brasileirão antes da final ou em qualquer outra partida. Depois perder o ano, ficando de fora da campanha histórico, o jogador pôde ficar no banco de reservas contra o River Plate, em Lima, no Peru.
Jorge Jesus acionou o meia, que entrou em campo e lançou a bola para Gabigol disputar com Pinola, ganhar e dar o título ao Flamengo, sendo crucial para a conquista do bicampeonato. Essa foi uma das grandes histórias de superação da Libertadores, principalmente de adversidade no Flamengo naquela edição histórica.
Uma das maiores adversidades da campanha na Libertadores 2019 se deu nas oitavas de final. Na ida, o time perdeu por 2 a 0, no Equador. Era preciso virar para conseguir prosseguir. A Nação fechou com o time, pedindo a virada a todo instante. A desconfiança inicial com Jorge Jesus pelas decisões na partida de ida, como colocar Rafinha na ponta, foram superadas para que o clube tivesse sobrevida.
Em clima descomunal no Maracanã, a Nação carregou o time para o empate. Gabigol marcou duas vezes antes do jogo ficar mais amarrado do que jogado, e foi suficiente para levar a decisão para os pênaltis. Naquela época, muito ainda se falava sobre os poucos avanços do clube em Libertadores, e os rivais zombavam até da tradição recente do time no torneio. Mas nas penalidades, o Mengo levou a melhor.
E dentro de uma adversidade, outra adversidade. Na disputa, Renê se encarregou de bater um importante pênalti, quando o Emelec ainda não havia perdido. O lateral não era exatamente querido pelos torcedores, e correu para bola de forma pausada e estranha, o que causou frio na barriga de todo torcedor.
Mas o lateral acabou convertendo o pênalti mais bonito da disputa, ajudando o Flamengo a avançar para pegar o Inter antes do histórico 5 a 0 no Grêmio.
Na final, a maior adversidade de todas. O River Plate era o atual campeão e estava acostumado a jogar decisões de Libertadores, enquanto o Flamengo ainda criava casca na prática. Mas a campanha foi perfeita demais para o Mengo voltar sem título.
Rafael Borré abriu o placar aos 13 minutos do primeiro tempo, e o Rubro-Negro ficou atrás do placar durante toda a partida. Isso só mudou minutos finais, mais especificamente aos 88, quando Arrascaeta rouba a bola e dá para Bruno Henrique fazer sua mágica.
Arrasca aparece para receber e achar um passe no limite para Gabigol empatar. Os três minutos ficariam para a eternidade, já que na sequência, enquanto a Nação ainda explodia pelo empate, o choro tomou conta com o gol da virada, logo em seguida, sacramentando uma virada, um herói, um time histórico e uma das maiores finais da história da Libertadores.
Foto: Daniel Apuy/Getty Images