Portal dos Dragões
·15 de novembro de 2024
Portal dos Dragões
·15 de novembro de 2024
O emblemático Campo de Santa Cruz, localizado em Coimbra, foi o cenário de diversas atuações memoráveis de Sérgio Conceição. Desde cedo, o jovem talento começou a sobressair-se, e a sua transição para um clube de renome foi um ponto culminante na sua carreira.
Sérgio Conceição, o segundo a contar da esquerda para a direita, na fila de baixo. Sempre o ‘dono da bola’… (Foto: D. R.)
O jornal A BOLA conversou com Fernando Peres, ex-diretor da formação da Académica, que não hesitou em recordar um jogador que se destacava.
«O Sérgio era um jovem. Estava a estudar e era um bom aluno. Foi levado para a Académica pela doutora Filomena Namora, que era sua professora. Eu fui dirigente dele na formação e, mais tarde, também responsável pelo departamento de futebol juvenil da Académica. Desde muito cedo, foi evidente que Sérgio Conceição era um jogador que se destacava claramente, o que o levou a ingressar, de forma natural, no FC Porto. Aliás, lembro-me que o FC Porto já o seguia há três ou quatro anos…», conta, acrescentando que «sem desmerecer os outros, ele era metade da equipa».
Mas será que, nessa fase, já havia a famosa azia? «Já era como é hoje. Extremamente irreverente, embora sempre muito bem-educado, é bom que se diga, e não aceitava a derrota, nem mesmo em situações triviais. A expressão é perfeitamente aplicável a Sérgio. Era um jovem muito bem-educado, mas em campo era uma verdadeira fera [risos]. Muitas vezes, no Campeonato Nacional de Juvenis, ainda na Académica, havia 10 jogadores atrás da linha da bola e o Sérgio Conceição lá na frente. Ele conseguia resolver jogos quase que a partir do nada…», salienta o antigo dirigente, que agora já se encontra na casa dos oitenta anos, e que termina com um elogio que, embora sucinto, é muito significativo: «Mereceu sempre tudo o que conseguiu alcançar.»