A história se repete! Imortal na Champions, Real vira no fim e sai na frente do City | OneFootball

O Real Madrid exala glória quando o assunto é Liga dos Campeões, especialmente na fase de mata-mata. Nesta terça-feira, o time merengue deu mais uma prova de sua grandeza contra o poderoso (e em crise) Manchester City. Direto do Etihad Stadium (lugar onde nunca havia vencido até então), o Real ficou atrás do placar em duas oportunidades, mas mostrou o peso da camisa quando não parecia existir solução e buscou uma virada espetacular: 3 a 2.

Com o resultado, a equipe comandada por Carlo Ancelotti conquista a importante vantagem do empate para o jogo da volta, que acontece na próxima semana, e dá um passo na direção das oitavas de final da Champions. Do outro lado, o City vai precisar vencer por dois ou mais gols de diferença para seguir vivo na busca pela orelhuda.

Real começa melhor, mas City é certeiro

O Real Madrid ignorou a atmosfera no Etihad Stadium e partiu para cima do Manchester City nos primeiros, acumulando boas chances para abrir o placar. Na primeira delas, Vinícius Júnior foi lançado em profundidade, invadiu a área e foi derrubado por Ederson. Seria pênalti, mas o assistente flagrou impedimento.

Pouco depois, Vini Jr voltou a aprontar pelo meio, passou bonito por Gvardiol e esticou de três dedos para Mbappé, que bateu cruzado e parou em grande defesa de Ederson. Na base da pressão, o time merengue ainda teve uma grande oportunidade com Mendy, após combinação com Vinícius na área, mas Aké salvou em cima da linha.

Apesar da blitz, os espanhóis não conseguiram marcar e receberam um castigo cruel. Aos 19, na primeira boa descida dos citizens, Grealish recebeu na esquerda, levantou a cabeça e mandou por elevação para Gvardiol. O zagueirão escorou com peito e Haaland, livre, finalizou para o fundo das redes.

A vantagem aumentou a confiança da equipe inglesa, que passou a impor um pouco mais seu ritmo, valorizando a posse de bola. Aos 34, Foden, que entrou no lugar de Grealish lesionado, quase marcou o segundo em linda jogada individual, mas Courtois se agigantou para salvar. Dois minutos depois, Akanji aproveitou cruzamento da esquerda, desviou de cabeça e viu a bola beliscar o travessão.

Passado o período de dominância dos mandantes, o time comandado por Carlo Ancelotti voltou a acelerar o ritmo e assustou com Mbappé, Vinícius Júnior (que chegou a carimbar o travessão) e Valverde, mas a bola insistiu em não entrar: 1 a 0.

DNA merengue muda história no fim

Na volta do intervalo, o Manchester City adotou uma postura agressiva e deu seu recado logo no primeiro minuto. Haaland recebeu na entrada da área, se livrou de três marcadores e bateu com desvio. Caprichosamente, a bola carimbou o travessão e não entrou.

A chance do norueguês, entretanto, não foi suficiente para frear a reação merengue, que começou a se desenhar na sequência. Até que aos 14, após blitz na área inglesa, Ceballos cruzou da direita e encontrou Mbappé, que, mesmo desajeitado, deu um "voleio de canela" e deslocou Ederson: 1 a 1.

O gol de empate fez o time merengue ampliar seu domínio. Com muito volume ofensivo, o Real poderia ter virado com Bellingham, Mbappé (que finalizou no pé da trave) e Valverde, mas quis o destino que o City chegasse ao segundo gol em uma ação esporádica. Aos 30, Foden invadiu a área pela direita e foi derrubado por Ceballos. Na cal! Na cobrança, Haaland deslocou Cortouis e se tornou o décimo maior artilheiro da história da Champions com 49 gols.

O feito histórico, entretanto, ficou em segundo plano. Na reta final de jogo, quando o City parecia ter o controle do jogo, o Real Madrid deu mais uma prova de que é um colosso, de que tem exatamente o DNA da Liga dos Campeões e foi buscar mais uma virada espetacular.

Aos 41, após saída errada de Ederson, Vinícius Júnior recebeu pela direita e bateu firme. O goleiro brasileiro deu rebote e viu a bola se oferecer para Brahim  Díaz, que fez valer a lei do ex e deixou tudo igual no placar. O empate já seria heroico, mas o Real sempre quer mais.

Já nos acréscimos, Vinícius Júnior foi mais rápido que Rico Lewis, avançou em direção ao gol e tocou na saída de Ederson. A bola sairia, mas Bellingham acompanhou a jogada e completou para as redes, sacramentando mais uma vitória gigante dos merengues: 3 a 2.