Abel Ferreira após o título Paulista: ‘No Brasil não se critica o jogador, se mata o jogador’ | OneFootball

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·08 de abril de 2024

Abel Ferreira após o título Paulista: ‘No Brasil não se critica o jogador, se mata o jogador’

Imagem do artigo:Abel Ferreira após o título Paulista: ‘No Brasil não se critica o jogador, se mata o jogador’

Após o titulo do Campeonato Paulista, Abel Ferreira falou a imprensa ainda na sala de imprensa do Allianz Parque. Em tom leve após a vitória de 2 a 0 sobre o Santos falou sobre os méritos de sua equipe citando nomes como Weverton, Flaco Lopez e Endrick.

No inicio da coletiva Abel falou um pouco sobre se igualar com Oswaldo Brandão como o Técnico com maior numero de títulos pelo Palmeiras, com 10 Troféus: ‘Vencer não é a única dificuldade, mas também lidar com as expectativas impostas por vocês (Imprensa), eu procuro desmontar essa expectativa para que os jogadores a entendam, pois é muito fácil criar expetativas e a entregar a outros. Nossos jogadores conseguem lidar bem com esses momentos de pressão. Mostro a eles que precisamos estar ligados no que controlamos, o que sabemos fazer. Eles as vezes estão nota 10, as vezes 8, as vezes 5, por isso pedi a eles que tivessem nota 7 a partida inteira, com consistência, porque na Vila Belmiro estivemos a baixo do nosso normal e por isso pedi para eles hoje a melhor versão deles. Não posso deixar de destacar o Santos, uma equipe experiente, batida com um treinador extremamente competente, que sabia o que veio fazer, uma equipe que fez boas transições, pois é assim que se joga no futebol paulista, uma equipe que nos estudou muito bem, o Guilherme fez uma excelente partida, nos dando trabalho aqui e lá. O Weverton hoje foi nota 10, ele soube lidar com as criticas com muita maturidade, ele foi criticado, não por mim, nem pelos colegas, mas pela imprensa, pois quando jogamos bem nos elogiam e quando jogamos mal somos criticados. Sobre a pergunta, me emocionou bem mais o que a torcida fez a mim, meus jogadores e a minha comissão técnica, naquele momento meu coração transbordou de amor, foi lindo o que eles fizeram para mim e minha comissão. Obrigado de coração.’


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Ao ser perguntado sobre a pressão que o bom futebol apresentado pelo lhe causa, Abel afirmou: ‘Primeiro, a ambição que esta equipe tem e fome de continuar ganhando títulos, segundo, o respeito que eles têm pelas decisões do treinador e o respeito que eles têm entre eles, terceiro ,o bom ambiente que se vive dentro do nosso clube, dentro do nosso elenco,, eles sabem que quem quem não gostar de estar tem a porta aberta, pode escolher outro clube, nós não prendemos ninguém, queremos jogadores que fiquem aqui, os que estão aqui, estão porque querem estar aqui. Claro que é difícil de manter este sarrafo de forma consistente que nós temos feito, sinceramente eu acho que o grande mérito desta equipe é deslumbrar quando ganha, nem se abater quando perde, foi o caso da derrota para o São Paulo. O importante é que estar de consciência tranquila, que demos o melhor que podemos a cada jogo, mesmo no jogo na Vila Belmiro que não foi um grande jogo, sei que os meus jogadores deram aquilo que podiam, nos preparamos para esta final voltando (da Argentina) na quinta-feira preparamos sexta e sábado. Acho que os jogadores estão comprometidos, o Luan que fez um campeonato brilhante, o Rocha que fez uma um campeonato paulista excelente, o Zé (Rafael) que está jogando com um sacrifício tremendo. Estamos todos de parabéns pelo trabalho que fizemos, agora é recuperar rapidamente. Infelizmente aqui não dá tempo nem para chorar quando perdemos, nem para celebrar muito quando ganhamos, porque daqui a três dias estamos aqui outra vez e e tudo começa de novo.’

Perguntado sobre as alterações táticas entre a primeira e a segunda partida da final, Abel disse: ‘ O Luan e o Gomes são jogadores diferentes, o Gomes é um jogador muito mais disponível, para o corredor, pra fazer coberturas, é um jogador mais centralizado, mais cerebral que nos consegue dar uma saída de jogo melhor. Tecnicamente precisávamos igualar, quem estava marcando o Guilherme? Era o Gomes. Quem estava marcando o Guilherme era o Gomes, e o Gomes é mais ágil é mais rápido e marca melhor. O Zé, vocês não sabem, ele tem tido muitas dores nas costas, tem tido problemas físicos, e ele um jogador físico, é um jogador que depende da forma física, nem sequer o levamos para para para para a Argentina. Jogamos em um 3-3-4, 3 atrás para 3, 3 no meio, médios com médios e 4 na frente, 4 para contra 4. O treinador do nosso adversário fez um 4-2-4 com os laterais, pois os laterais para jogar para a frente, e os pontas para dentro. Acho que a nossa adversário foi um excelente finalista, nos deu muito trabalho. Parabéns aos Santos pelos dois grandes jogos que fez contra o Palmeiras e tenho certeza absoluta, que se eles mantiverem esta competitividade e este ritmo, ano que vem estarão outra vez na série A.’

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(Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)

Ao ser perguntado sobre Flaco Lopez, ele interrompeu o jornalista que faz a pergunta dizendo: ‘ É que aqui matam os jogadores, não criticam Matam, no sentido de que a crítica é branda para aquilo que fazem com os jogadores aqui no Brasil, e não é só no Palmeiras, não. No Brasil, o jogador que consegue ser forte mentalmente, joga em qualquer campeonato do mundo, fácil. Aqui se um jogador falha em um gol debaixo das traves, vocês o tratam como se ele fosse o vilão da história, mas nós não tivemos outros 80 minutos para ir atrás do resultado? Não tem mais 11 dentro de campo? não tem o treinador? Eu não aceito que se faça de um jogador um herói e não aceito que se faça de um jogador vilão, isso tem um impacto mental nos jogadores, aqui não criticam, matam um jogador mentalmente, é uma expressão forte, mas é esse mesmo o termo matam um jogador mentalmente.’

Ao finalmente responder a pergunta sobre o Faco Lopez, Abel disse:’ Nós temos ter paciência com esses jogadores. Às vezes fazem piada deles, dizendo que tem de jogar o Breno, tem que jogar o Estevão ver que jogar. O Caio é o outro que as pessoas têm que ter paciência porque é um belíssimo jogador, que está se habituando a casa nova. Existem treinadores que gostam de ter jogadores prontos, Já a minha missão como treinador é isso. Se eu chegar ao final de uma temporada e eles não aprenderem nada comigo, eu estou aqui sem fazer nada. Claro que se perguntar aos torcedores, eles querem que eu seja campeão mas é preciso ter paciência com aqueles meninos, eles vão errar nós vamos corrigi-los, vamos ajuda-los a crescer como fizemos com o Endrick, sabe onde ele eatá agora?Tá no Real Madrid, ajudando a Seleção Nacional brasileira, ajudando o Palmeiras a ganhar títulos.

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