FNV Sports
·01 de outubro de 2020
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Quem acompanha a hegemonia da Juventus nos tempos atuais na Série A Tim, nem imagina as surpresas e emoções que esse Campeonato já causou. Dessa forma, a coluna CalcioStoria resolveu mostrar um pouco da campanha do Hellas Verona F.C na temporada de 1984/85, quando a equipe foi campeã. A princípio, conhecida por ser a cidade do amor, Verona mostrou que apesar das dificuldades a história pode sim ter final feliz. Acompanhe conosco.
O roteiro era natural de um time longe dos grandes centro. Assim, era o Hellas Verona F.C na década de 80. Além disso, se olharmos o panorama geral a Roma tinha uma esquadra com: Falcão, Cerezo e Ancelotti. O Milan tinha Paolo Maldini e várias outras equipes tinham peças mais vistosas do que aquela equipe lá do Nordeste da Itália.
Os Azuis e brancos se organizava para voltar a primeira divisão italiana. Dessa forma, na temporada de 1981-82, a equipe conseguiu o acesso e simultaneamente o título da Série B. A princípio, muito da conquista passa pelo técnico Osvaldo Bagnoli que foi ousado e armou um time vistoso com os talentos que tinha em mãos como o goleiro Garella, o defensor Tricella e o meia Di Gennaro.
De antemão, a Itália conquistava o título Mundial, em 1982, o que foi o responsável por dar uma animada nas competições nacionais e trazer de volta a confiança após esquemas de corrupção e manipulação de resultados denominado Tottonero. Sendo assim, várias estrelas figuravam pelo cenário, o Calcio que tinha a ambição de um futuro de ouro, conseguiu e isso se confirmou no final da década 80 e início da de 90.
Por outro lado, o objetivo inicial do Verona era permanecer na primeira divisão. Logo, o Hellas Verona F.C foi ao mercado e trouxe mais algumas peças para a temporada de 1982-83. Logo, chegaram o defensor Luciano Marangon, o atacante Pietro Fanna, e os meio campistas Luigi Sacchetti e Domenico Volpati.
Assim, a meta foi atingida o time conseguiu uma bela 4° colocação e viram os comandados por Falcão levantarem o Scudetto. Porém, os comandados por Bagnoli chegaram a final da Copa da Itália. Enfrentaram a Juventus e venceram o jogo de ida, por 2 x 0, mas Rossi e Platini reverteram o placar e deram o título a Velha Senhora.
Acompanhando o sucesso da temporada anterior, a fórmula se repetiu na seguinte 1983-84, o que culminou na 6° colocação na Série A. Logo, uma nova final de Copa da Itália foi disputada e dessa vez perdida para a Roma, após empate no primeiro jogo por 1 x 1 e derrota por 1 x 0 no jogo da volta. Entretanto, não existia sentimento de perda e sim de que o trabalho estava dando bons frutos.
Dessa forma, para a temporada de 1984-85, o clube decidiu ousar e investiu em atletas estrangeiros: o alemão e polivalente Hans-Peter Briegel, e o dinamarquês Preben Elkjaer Larsen, que caiu como uma luva no esquema de Bagnoli. Logo, ele começou a escalar o atacante ao lado de Fanna, Galderisi e Di Gennaro. Assim, as expectativas da torcida e de todos cresceram que os torcedores esgotaram os ingressos para as partidas em casa, além disso nunca se tinha visto uma equipe com potencial como aquela.
De antemão, a temporada 1984-85 foi de mudanças na Série A Tim. Assim, foi a única vez na história que o campeonato teve árbitros sorteados para cada partida. Logo, a medida era uma forma de limpar a sujeira deixada na imagem do futebol do país e deixou os clubes menores sorrindo, pois os erros eram sempre a favor dos grandes.
Entretanto, o objetivo do Hellas Verona F.C era alcançar as metas anteriores e superar as boas campanhas. Em suma, o time comandado por Bagnoli era leve, possuía um bom ambiente e tinha as características de uma família. Logo, os gialloblù tinham todos os quesitos necessários para um Campeonato de tiro curto, mas com nível elevado.
Em suma, a estreia no Campeonato foi contra o Napoli que aquela altura tinha Maradona. Assim, o cenário era “previsível”, o estádio Marcantonio Bentegodi estava lotado, todos ansiosos pela estreia do argentino na competição. Entretanto, coube ao alemão Briegel, a incumbência de parar Dieguito. O jogador do Verona não só conseguiu como marcou o primeiro dos gols da equipe na vitória por 3 x 1. Logo, os comandados por Bagnoli mostravam sua eficiência e seu poder de fogo ao público.
Posteriormente, foi a vez do Ascoli, repetição do placar 3 x 1 (gols de Gennaro, Briegel, e Elkkaer) para o Hellas na casa do adversário. O terceiro compromisso, outro triunfo, em seus domínios contra a Udinese de Zico, por 1 x 0. Assim, invictos os Azuis e Amarelos tinham a liderança isoladamente na competição.
Posteriormente, veio o empate sem gols contra a Internazionale. Nesse interim, o clima de alegria tomava conta do Nordeste Italiano, ainda mais por conta do jogo marcado contra a Juve no dia 14 de outubro de 1984, em casa. Logo, vale ressaltar que a Juventus era uma das candidatas ao título e rival direto na disputa mesmo sendo ele muito difícil.
No dia do jogo, uma festa inigualável, ambiente totalmente favorável. Dentro dos gramados o que se viu foi os gialloblù de modo implacável. Desse modo, a equipe abriu o placar aos 17′ com Galderisi. Já no final da partida Elkjaer saiu num contra-ataque, passou pelo adversário, invadiu a grande área, cortou outro defensor e marcou um golaço digno de troféu. Ao final o placar de 2 x 0 mostrou que o Verona, estava vivo na disputa pelo Scudetto.
Antecipadamente, no primeiro jogo do returno, o Hellas Verona F.C conseguiu um belo empate, em Nápoles, contra os donos da casa. Na contramão, no retorno aos seus domínios venceu o Ascoli por 2 x 0 (Galderisi e Sacchetti), balançaram as redes.
Na sequência foram até Udine, encarar a Udinese. Apesar de ter tido alguns momentos ruins conseguiu abrir 3 x 0 ainda na primeira etapa. Porém, o empate veio no início do tempo final. Mas, após o terceiro gol dos mandantes, Elkjaer e Briegel, colocaram o Verona em vantagem por 5 x 3 e garantiu um triunfo impressionante. Em suma, na sequência dois empates contra a Inter e Juve foram o suficiente para colocar os gialloblù na liderança do campeonato.
No dia 12 de maio de 1985, veio a coroação. Dessa forma, o Hellas Verona F.C conquistou o título mais importante de sua história e talvez um dos mais bonitos italianos. Sendo assim, o empate contra a Atalanta em 1 x 1, mais a igualdade sem gols do Torino contra a Fiorentina, o clube sagrou-se campeão da Itália. Além disso, se tornou o primeiro time fora das grandes cidades a conquistar o Scudetto. O título consagrou se não a melhor equipe, a que mais lutou e mereceu levantar o caneco. Foram: 15 triunfos, 13 empates e duas derrotas.