Gazeta Esportiva.com
·23 de fevereiro de 2024
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·23 de fevereiro de 2024
Por Iúri Medeiros
O Corinthians fez o que chamamos de dever de casa e se impôs contra o Cianorte no duelo válido pela primeira fase da Copa do Brasil. Na última quinta-feira, o Timão venceu os paranaenses por 3 a 0 em Maringá, com grande atuação do paraguaio Ángel Romero, autor de dois gols do triunfo.
Natural que a primeira reação de uma pessoa mais desavisada seja questionar o nível do Cianorte, equipe que está na 5ª colocação do Campeonato Paranaense. E de fato, individualmente existe uma disparidade entre os times. A diferença de investimento é considerável e evidentemente foi um facilitador para o Timão.
Mas a análise não pode parar por aí. Contra equipes inferiores tecnicamente, o favorito tem a obrigação de se impor e transferir a teoria para a prática, se impondo, sem dar chance para o azar. Foi o que o Corinthians fez, e deixou de fazer em outras oportunidades ao longo do ano, contra Ituano, São Bernardo e Grêmio Novorizontino, por exemplo.
O Corinthians mostrou em Maringá que está no caminho certo em termos coletivos. Tanto na primeira etapa, quando passou minutos se defendendo, sem ceder espaços para o oponente, como na segunda, quando acumulou chances de gol e empurrou o Cianorte para o campo de defesa.
Romero mostrou mais uma vez seu bom senso de posicionamento e poder de finalização, se isolando como artilheiro da equipe na temporada, com cinco gols. Rodrigo Garro roubou novamente as atenções com sua capacidade de distribuir passes para finalização, exibindo sua valência criativa. Raniele? Potente. Hugo? Seguro. Wesley? Desequilibrante.
No futebol, costumamos trabalhar com o mantra de que o coletivo potencializa o individual. O elenco, que foi duramente criticado no começo da temporada, vai mostrando seu valor. E isso ocorre com maior naturalidade quando o conjunto está encaixado, com padrões bem definidos.
É cedo, alguns pontos precisam ser ajustados e a empolgação tem que ser moderada. Mas é fato: o Corinthians é outro. Taticamente, emocionalmente, tecnicamente… Ignorar isso é brigar com o que o campo apresenta e com o ótimo início de trabalho de António Oliveira.