
Gazeta Esportiva.com
·11 de março de 2025
Análise: defesa vai bem, mas São Paulo liga alerta para pobreza no setor criativo em eliminação

Gazeta Esportiva.com
·11 de março de 2025
Por Thais Bueno
Na noite desta segunda-feira, o São Paulo deu adeus ao Campeonato Paulista na semifinal. A equipe foi superada pelo Palmeiras, por 1 a 0, no Allianz Parque. O resultado foi condicionado pelo pênalti dado ao Palmeiras no fim do primeiro tempo, mas o Tricolor pouco demonstrou no clássico.
O primeiro – e talvez um dos únicos – acertos de Zubeldía nesta noite foi a manutenção do sistema com três zagueiros. A zaga são-paulina, composta pelo trio Ferraresi, Alan Franco e Arboleda, se encontrou na formação e cedeu pouquíssimas chances ao longo do clássico.
Por outro lado, também no 11 inicial, Zubeldía lançou mão do ‘quarteto mágico’, com Oscar atuando ao lado de Alisson na dupla de volantes e Luciano como um meia armados. Contudo, a decisão do treinador não foi das melhores, já que o camisa 10 são-paulino mal participou do jogo.
Com a escalação do quarteto mágico, esperava-se que o São Paulo viesse com uma postura mais ofensiva. No entanto, o que o Tricolor demonstrou foi uma falta de amplitude ofensiva – o baixo número de chances claras criadas deixou isso ainda mais claro.
Com Oscar atuando como volante, faltou ao São Paulo algo que poderia ter dificultado a vida dos marcadores palmeirenses: um jogo de aproximação. Lucas ficou sozinho na criação de jogadas, uma vez que Luciano e Calleri não pareciam estar na mesma sintonia.
O São Paulo, assim, se mostrou dependente de uma jogada já conhecida: chutões ou lançamentos da defesa para uma escorada de Calleri. Apesar de já ter funcionado, a famosa ‘casquinha’ passou em branco no Choque-Rei, já que esse jogo de aproximação realmente esteve em falta.
A escalação de Zubeldía também pretendia dar amplitude e profundidade pelos lados do campo, o que claramente não aconteceu. Cédric Soares foi à linha de fundo em uma única jogada e nem chegou a cruzar, enquanto Enzo Díaz, que atuou bem na defesa, esteve nulo no ataque.
Não é a primeira vez que o Tricolor parece um ‘deserto de ideias’ no setor criativo. A ofensividade foi problema no Choque-Rei da fase de grupos e voltou a ser hoje novamente, assim como aconteceu na vitória simples, de 1 a 0, contra o Novorizontino, nas quartas de final.
Zubeldía, assim, precisa encontrar soluções para o setor ofensivo do São Paulo, que tem deixado o time na mão nas mais recentes partidas.
Com tempo para treinar, o São Paulo busca resolver os problemas no sistema ofensivo para a estreia no Campeonato Brasileiro. O Tricolor vira a chave e encara o Sport no próximo dia 30 de março, às 16h (de Brasília), no Morumbis.