Esporte News Mundo
·27 de maio de 2021
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·27 de maio de 2021
O Santos está eliminado da Libertadores da América. O clube volta a cair na fase de grupos da competição continental. Fato que não ocorria desde 1984.
Isso mostra que camisa não ganha jogo, organização tática e qualidade técnica sim. Nessa lógica, o Santos foi, salvo raros momentos da competição, uma equipe deficitária taticamente, o que ocasionou uma falta de competitividade e, consequentemente, uma eliminação que não foi precoce.
Contra o Barcelona de Guayaquil, o Peixe cometeu os mesmos erros da primeira partida entre as duas equipes e, de certa forma, não competiu no Equador. Mais uma vez, jogada nas costas dos laterais, espaços concedidos para o Barcelona atacar a profundidade, bem como alargamento das linhas ofensivas.
Sob essa perspectiva, outro fator determinante para a derrota do Santos tem nome e sobrenome: Damian Diaz. O Peixe marcou muito mal as entrelinhas defensivas e o camisa 10 do time equatoriano “deitou e rolou” no setor.
O sistema defensivo do Santos, como um todo, não vem bem. Na partida contra o Barcelona ficou bem evidente. Principalmente no que concerne à falta de recomposição defensiva, bem como um balanço defensivo muito mal alinhado. Sob esse viés, este é o pior início de temporada do Santos no século. Além disso, dentre todos os 20 times da série A, o Peixe tem a pior média de gols sofridos. São 33 gols em 22 jogos.
Ofensivamente, o Santos pouco produziu. Teve 62% da posse de bola, porém atuou com linhas desconexas. Mais uma vez tentou propor o jogo sem aproximação das linhas ofensivas. Isso dificulta demais uma construção ofensiva pautada na troca de passes.
Será uma temporada de reconstrução para o Santos, inclusive no âmbito tático. Fernando Diniz começará o seu trabalho, que por mais difícil que pareça, dotado de perspectiva de melhora. Pelo menos, é o que o torcedor do Alvinegro Praiano espera.