André Villas-Boas: “Culpa minha no que aconteceu na AG? Obviamente que não, era o que mais faltava” | OneFootball

Após o seu depoimento como assistente no julgamento da Operação Pretoriano, André Villas-Boas dirigiu-se aos jornalistas à saída do Tribunal de São João Novo, partilhando a sua perspectiva sobre o caso, do qual espera que a justiça seja feita.

“Nunca poderei sentir-me satisfeito com atos de violência, intimidação e coação, mas haverá um momento em que aqueles que experienciaram esses supostos atos serão os que melhor poderão descrever o que sentiram e as consequências que os acompanharam. Este é um momento crucial para o processo e, a partir daqui, cabe à acusação demonstrar os factos”, comentou o presidente do FC Porto, que deverá comparecer novamente em tribunal devido a um vídeo em que supostamente incentiva a transmissão de cartões de sócios caso os seus proprietários não possam comparecer à votação.

“É um não assunto. A acreditação para o ato eleitoral é feita com o cartão de cidadão, por isso é um não assunto. No vídeo, não estou a pedir que as pessoas votem com cartões de sócios que não lhes pertencem, isso não é da minha índole”, garantiu André Villas-Boas, que rejeitou categoricamente a ideia de que tenha alguma responsabilidade no que ocorreu na AG de 13 de novembro de 2023: “As pessoas têm o direito de se defender e os seus advogados de fazerem as perguntas que acharem necessárias. Estou aqui para responder com a verdade. A minha culpa no que aconteceu? Obviamente que não, isso é o que menos se espera.”

O líder do FC Porto sublinhou ainda a sua expectativa de que o clube seja compensado pelos danos causados, não só no âmbito da Operação Pretoriano. “Existem outros processos, um deles é o processo do Bilhete Dourado. O FC Porto iniciou várias ações devido à auditoria forense. A expectativa é que o clube seja compensado”, afirmou AVB, considerando a noite de 13 de novembro como a mais sombria da história do FC Porto: “Sim, foi uma noite triste. Os processos começaram e estamos aqui para responder. É um processo longo e a justiça será feita, o que se decidir aqui será crucial.”