Trivela
·18 de outubro de 2022
Trivela
·18 de outubro de 2022
Depois de anunciar a sua aposentadoria para o final da temporada, Gonzalo Higuaín tinha sua continuidade nos gramados atrelada ao sucesso do Inter Miami na MLS. O centroavante conseguiu liderar o clube da Flórida rumo aos playoffs, inclusive com uma sequência de sete gols nas últimas seis rodadas da temporada regular. Todavia, a eliminação aconteceu logo na primeira fase eliminatória da Conferência Leste. Atual campeão, o New York City FC derrotou o Inter Miami por 3 a 0. Higuaín não conteve as lágrimas, numa cena bastante emocionada de despedida do esporte.
Às vésperas de completar 35 anos, Higuaín ainda tinha idade para estender sua carreira um pouco mais. Entretanto, os problemas físicos limitaram bastante seu desempenho nos últimos anos e aceleraram o adeus. A história de sucesso do centroavante já estava construída, com grandes momentos em sua trajetória, apesar de outros episódios em que se viu rotulado como vilão. A atual edição da MLS, de qualquer maneira, poderia oferecer o grand finale nos playoffs. O Inter Miami não era favorito e também não viveu um conto de fadas. Restou o adeus a Pipita, sem muito glamour.
As lágrimas contra o New York City, ainda assim, são marcantes para demonstrar a maneira como Higuaín sentia o futebol. O centroavante já tinha se emocionado na coletiva em que anunciou a sua decisão de se aposentar, enquanto a vibração se tornou maior quando sabia que cada derrota poderia demarcar o fim de sua trajetória. Não é o adeus desejado. Mas não deixa de ser bonito, numa carreira que teve muitos pontos altos e garantiu seu protagonismo em grandes palcos.
“Senti que aquilo que eu mais amava como trabalho terminou. Foi metade da minha vida, minha carreira, 17 anos e meio. Imagens da minha carreira inteira vieram à minha mente. O que eu vivi, o que trabalhei, o que experimentei. Estou saindo muito feliz, porque eu dei tudo até o último dia. Isso é o mais importante”, comentou Higuaín, em coletiva de imprensa. “O sonho acabou, mas outra vida começa”.
“Acho que o mais importante, independentemente da carreira que você teve, dos troféus, dos gols, o mais importante é ser uma boa pessoa. Levar bons valores a cada time em que você atua. E essa é a maior memória que levo de cada time em que joguei, o reconhecimento que eles me deram, dos ex-companheiros, mais do que qualquer coisa falarem sobre a boa pessoa que sou”, complementou. Sai de cena com uma certeza de que terá muito a se orgulhar.