Após uma carreira de bons momentos, mas muitas lesões, Vermaelen pendura as chuteiras e vira assistente da seleção belga | OneFootball

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Trivela

·21 de janeiro de 2022

Após uma carreira de bons momentos, mas muitas lesões, Vermaelen pendura as chuteiras e vira assistente da seleção belga

Imagem do artigo:Após uma carreira de bons momentos, mas muitas lesões, Vermaelen pendura as chuteiras e vira assistente da seleção belga

Thomas Vermaelen construiu uma carreira notável o suficiente para se reivindicar entre os maiores zagueiros da história da Bélgica. O defensor surgiu muito bem com a camisa do Ajax, antes de viver seu auge pelo Arsenal. As lesões atravancaram sua sequência em alto nível e o período no Barcelona deixaria poucas lembranças, mas ainda assim o beque permaneceu como um nome frequente na seleção. Foram duas Copas do Mundo e duas Eurocopas, numa trajetória de 85 partidas pelos Diabos Vermelhos. E, depois de passar os últimos anos no Japão com o Vissel Kobe, Vermaelen decidiu pendurar as chuteiras. O veterano de 36 anos, no entanto, já conseguiu novo emprego e será um dos assistentes de Roberto Martínez na seleção.

Vermaelen começou no Germinal Beerschot de sua cidade natal, antes de se transferir para o Ajax quando tinha 15 anos. Sua estreia no time principal aconteceu em 2004, num momento de transição dos Ajacieden. Depois de um empréstimo ao RKC Waalwijk, o garoto se consolidaria como uma das principais opções da equipe e chegaria até a usar a braçadeira de capitão em pouco tempo. Contudo, não desfrutaria de tantos sucessos assim, já que a Eredivisie se via dominada pelo PSV. Em junho de 2009, o Arsenal desembolsou €10 milhões pela contratação do beque de 23 anos.


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A primeira temporada de Vermaelen na Premier League, em 2009/10, foi excepcional. O zagueiro logo se tornou um dos principais jogadores do time e acabou eleito para a seleção do campeonato ao final da campanha. Tinha imposição e muita qualidade no jogo aéreo – também quando subia ao ataque, o que rendeu sete gols. Porém, logo o calvário com as lesões começaria. O belga perdeu a temporada seguinte quase inteira por conta dos problemas no tendão de Aquiles. Voltaria em boa forma para 2011/12, mas as repetidas contusões atravancavam seu espaço. Mesmo escolhido como capitão, tinha dificuldades para se firmar.

Em 2014/15, Vermaelen acertou sua transferência para o Barcelona. E o negócio causou certo espanto, já que o zagueiro pouco atuou na temporada anterior com o Arsenal por causa dos problemas no joelho. O belga até fez parte da equipe que levou a Tríplice Coroa com Luis Enrique, mas só disputou uma partida naquela temporada pelas lesões na coxa. Nunca estaria numa forma minimamente confiável e até passou por um esquecido empréstimo pela Roma em 2016/17. De volta à Catalunha, o defensor ainda ficou mais duas temporadas no Barça, mas sem passar dos 53 jogos em quatro anos.

Em 2019, o Vissel Kobe aproveitou a ponte com o próprio Barcelona e levou Vermaelen para o Japão. Numa liga com um nível competitivo menor, o zagueiro atuaria um pouco mais. Porém, não havia se livrado por inteiro das seguidas contusões e por vezes se ausentou da equipe, que chegou a conquistar a Copa do Imperador no intervalo. Todavia, Vermaelen servia apenas como um coadjuvante num elenco estrelado por Andrés Iniesta. Completaria duas temporadas e meia na J-League.

Vermaelen conseguiu um pouco mais de regularidade exatamente pela seleção da Bélgica. Sua estreia aconteceu em 2006 e logo se firmou como um nome importante, a ponto de ganhar a braçadeira de capitão em 2009. O sucesso internacional levou um tempo e, até pelas lesões, o defensor seria reserva na Copa do Mundo de 2014. Voltou ao cenário internacional como titular no time da Euro 2016, quando perdeu o jogo decisivo contra Gales por suspensão. Ainda compôs o elenco na Copa de 2018 e, diante das limitações dos Diabos Vermelhos, foi titular na Euro 2020. Foi a última oportunidade num grande palco e as claras dificuldades indicavam seu fim.

Por sua liderança e por sua experiência, é bem possível que Vermaelen se dê bem na função de treinador. Já terá uma experiência importante rumo à Copa de 2022 e manterá o contato com os companheiros de seleção. Sua carreira como jogador, porém, termina aquém do que poderia ser. Os bons momentos parecem curtos demais se comparados com os longos períodos no estaleiro. Ao menos, esse ápice permitiu que o beque ganhasse a admiração no Arsenal e no Ajax, bem como perdurasse por tanto tempo na seleção.

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