oGol.com.br
·21 de janeiro de 2025
oGol.com.br
·21 de janeiro de 2025
21 de janeiro de 2025. Tivemos um jogo inesquecível de futebol na Luz. Iluminados, Benfica e Barcelona proporcionaram uma partida para ficar na memória. Para sempre. Os Encarnados aproveitaram, a todo momento, as linhas altas do Barcelona e apunhalaram nas costas, abrindo por duas vezes vantagem de dois gols. Só que os Blaugrana responderam e não só buscaram o empate como, no último lance, ainda conseguiram uma virada impressionante com golaço do brasileiro Raphinha.
Os catalães continuam na vice-liderança da Champions, agora com 18 pontos e com vaga praticamente garantida nas oitavas. Já os Encarnados, com 10, estão na zona de classificação para os playoffs.
Um minuto de jogo, e uma chance de cada lado. O primeiro ataque do Barcelona terminou em Yamal, que cortou para a canhota e bateu rasteiro. Trubin fez a defesa. Só que a resposta do Benfica foi fatal: Carreras recebeu lançamento longo na canhota e cruzou rasteiro para Pavlidis, que completou de primeira na área e abriu o placar do encontro.
O time de Hansi Flick marcava com linhas altas, acima da linha de meio-campo, geralmente com muitos jogadores próximos ao portador da bola. Sempre que podia, o time português tentava inverter o lance para o outro lado, como no lance do gol. Foi um duelo tático interessante. Aos cinco minutos, Carreras recuperou bola de Yamal, avançou pela canhota e mandou na área para Aursnes, que completou para fora.
Os Blaugrana conseguiram responder através da pressão alta. Casadó recuperou a bola e Pedri enfiou grande bola para Robert Lewandowski na área. O polonês girou e bateu forte de perna direita, por cima do alvo. No ataque seguinte, Baldé recebeu na área pela canhota e colocou na frente. Tomás Araújo errou a bola e pisou no rival: chamado pelo VAR, o árbitro marcou o pênalti. Lewandowski tirou do goleiro para empatar.
O Barça cresceu no jogo com mais posse de bola. Lewa conseguiu fazer um grande pivô para deixar Gavi na cara do gol. O meia bateu de forma acrobática de canhota, e Trubin fez uma defesaça para evitar o gol. Só que defensivamente, os catalães vacilaram feio: Szczesny saiu para cortar lançamento fora da área e atropelou Baldé, que estava inteiro no lance. A bola ficou limpa para Pavlidis mandar para dentro.
Acima de tudo, o jogo foi maluco, insano, imprevisível. Szczesny tornou ele ainda mais e, depois de Aursnes deixar Aktürkoğlu na cara do gol com um toque "de nojo", o polonês acabou derrubando o turco na área: pênalti. Pavlidis completou o hat-trick ao tirar Szczesny de cena na cobrança. Os Encarnados atropelaram as linhas altas do rival para abrir boa vantagem na primeira parte.
O panorama do jogo não mudou no segundo tempo. O Benfica continuou a jogar nas costas da linha defensiva do Barcelona, e Aursnes saiu na cara do gol. Só que Cubarsí conseguiu bloquear. Flick manteve a estratégia de jogo de sua equipe que, com a bola nos pés, tentava pressionar.
Só que um lapso do goleiro Trubin conseguiu recolocar no jogo o Barça. O ucraniano chutou para frente, mas na cabeça de Raphinha. A bola voltou direto para a rede. Foi um gol de presente que recolocou os catalães no jogo. Só que não por muito tempo...
Logo na sequência, houve trapalhada também do outro lado. Schjelderup recebeu na canhota e mandou para o meio, na direção de Pavlildis. Só que Ronald Araújo se antecipou e marcou contra. 4 a 2.
Mas ainda não tinha nada decidido. Continuou a ser um duelo imprevisível. Aos 30 minutos, Yamal foi agarrado na área por Carreras e o árbitro achou contato suficiente para marcar o pênalti. Lewa voltou a diminuir para um a distância das equipes no placar.
O empate catalão saiu já aos 40 minutos: Pedri recebeu escanteio curto, levou para a direita e cruzou na medida para Eric García subir livre e empatar o jogo de cabeça. O Benfica ficou sonzo. Ainda assim, teve chance de recuperar a vantagem em contra-ataque: Di María avançou sozinho do meio-campo e saiu na cara do gol. Szczesny cresceu e defendeu o chute cruzado com a perna, como se pedisse desculpa à torcida pelas falhas.
O jogo insano teve um final de cinema. O último lance parecia ser benfiquista: Di María mandou bola na área e Bah reclamou de pênalti após bate e rebate na área. Szczesny fez de tudo para afastar, e a defesa ainda conseguiu acionar Raphinha. O brasileiro correu desde o meio-campo e usou a arma que o rival usou o jogo todo: a bola nas costas da defesa. Raphinha invadiu a área, rabiscou o marcador e, de canhota, bateu no contrapé de Trubin. Virada inacreditável, inesquecível, em uma formidável noite de futebol na Luz. Iluminados foram os que conseguiram acompanhar essa peleja.