Botafogo ressuscita o Passageiro da Agonia. Leiria é o novo Lucio Flavio | OneFootball

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Jogada10

·07 de fevereiro de 2025

Botafogo ressuscita o Passageiro da Agonia. Leiria é o novo Lucio Flavio

Imagem do artigo:Botafogo ressuscita o Passageiro da Agonia. Leiria é o novo Lucio Flavio

Não importa se o Botafogo venceu, empatou ou perdeu para o Nova Iguaçu, na última quinta-feira (8), em Bangu. Poderia ser uma goleada histórica, destas de tirar o placar de 24 a 0 sobre o Mangueira do Livro dos Recordes. Nada muda o fato de o Campeonato Carioca não representar absolutamente nada para um clube que acabou de conquistar a Libertadores da América e o Brasileirão no mesmo ano. Pelo contrário, o Estadual é uma armadilha no início do calendário. É aquela casca de banana que está pronta para solapar os distraídos. Técnico tampão do Glorioso enquanto o sócio majoritário John Textor acumula recusas de treinadores dos quatro cantos do mundo e atrasa o planejamento para a temporada, Carlos Leiria parece que não entendeu a dinâmica deste torneio esvaziado. Aliás, até mesmo o limitado Tiago Nunes teve uma leitura um pouco melhor da emboscada.

Em 11 dias, o Botafogo de Leiria teve “força máxima” em três partidas. Uma no tapetinho do Estádio Nilton Santos. Outra no campo pesado do Mangueirão, em Belém do Pará. Por fim, a última no campo onde pastam bezerros, em Moça Bonita, com a temperatura inclemente de um calor subsaariano que castiga o Rio de Janeiro. Até os refletores da Praça Guilherme da Silveira sabiam que algum titular do Botafogo estouraria. O zagueiro Bastos e o atacante Artur foram as principais vítimas da escolha do comandante. Nunes, em 2024, intercalava titulares com reservas nos primeiros jogos do Carioquinha da Ferj (Federação do Estado do Rio de Janeiro). O treinador do sub-23 não hesitou em mandar os seus melhores soldados ao abatedouro. Uma sessão de tortura ou um concerto de três horas de Jorge Vercillo seriam mais agradáveis.


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Botafogo a perigo

Assim como Lucio Flavio em 2023, Carlos Leiria está na comissão técnica permanente do Botafogo. Ou seja, quando o próximo técnico português abandonar o Mais Tradicional e, seduzido pelo vil metal dos petrodólares, se mandar para o Oriente Médio, o tampão estará de prontidão para reaparecer e ampliar a desgraça. Depois de perder um título brasileiro que estava nas mãos, o Glorioso, enfim, livrou-se do Passageiro da Agonia, outro que estava sempre à espreita para voltar à cena do crime. Mas, mesmo com a SAF, o Alvinegro não abandonou algumas velhas práticas do amadorismo. O atual dublê de treinador significa este apego ao passado inglório.

Com Leiria, o Botafogo, já enfraquecido em relação a 2024, vai perdendo, paulatinamente, a memória dos títulos recentes. Os jogadores já não se encontram em campo como antes. O técnico demora a mexer, não encontra soluções e busca subterfúgios para justificar insucessos, como contra o Flamengo, na Supercopa do Brasil. Certamente, deixará algumas dores de cabeça para o novo treinador resolver. Provavelmente, em abril, quando o ano, de fato, começa para o big boss norte-americano. Claro, se houver legado. O trabalho, hoje, é de desmantelamento e destruição.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

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