Trivela
·11 de março de 2021
Trivela
·11 de março de 2021
Jonathan Calleri se diz feliz, no seu oitavo clube na carreira, com apenas 27 anos. O argentino surgiu pelo All Boys, mas em um ano já foi para o Boca Juniors. Lá, ficou um ano e meio e trocou de clube, onde passou seis meses no São Paulo. Desde então, jogou por West Ham, Las Palmas, Alavés, Espanyol e, finalmente, Osasuna. Ele faz uma temporada satisfatória, embora sem muitos gols. Em entrevista ao jornal As, ele diz que o objetivo é evitar o rebaixamento do clube e permanecer em Pamplona.
“Estou muito contente. Encontrei um grupo excelente, em que a ideia de jogo é conveniente ao meu estilo. Estar em uma equipe que me sinto refletido me faz ser feliz em Pamplona. A verdade é que não pensava em estar aqui neste momento. Depois de estar em um clube a cada ano, cheguei em um lugar que me faz feliz e se adapta às minhas condições. Eu espero que possamos continuar na Primeira [divisão] e seguir aqui no ano que vem”.
Perguntado se a presença de Cimy Ávila e Facundo Roncaglia ajudou na adaptação, ele admitiu que sim. “Sim. Ter dois argentinos na equipe e os que eu já conhecia de ter jogado contra eles me ajudou. Mas a verdade é que todos me acolheram muito bem, tanto os argentinos quanto os espanhóis e os navarros me receberam da melhor forma. A união deste grupo é o mais importante para esta equipe”, continuou o centroavante.
Calleri marcou cinco gols até aqui na temporada, sendo quatro em La Liga e um pela Copa do Rei, além de uma assistência. “Você sempre tenta ajudar a equipe e se for com gols, muito melhor. A equipe é muito trabalhadora e acho que todo mundo assiste todo fim de semana. Quem joga no ataque tentamos fazer um pouco mais, mas não fico marcando um número. O objetivo principal é deixar a equipe em primeiro lugar”, disse.
“Sempre se pode melhorar e acredito que tenho um montão de coisas para melhorar. Isto vai ser por momentos e temos que aproveitar os bons. Espero que possa seguir marcando mais gols e ajudando a equipe com trabalho e esforço”, continuou o atacante.
“Eu gosto sempre de jogar com outro atacante ao lado. Ao jogador com dois, os defensores têm dois para marcar. Um pode arrastar a defesa e o outro fazer o gol e vice-versa. Um se adapta a qualquer estilo. Com um meia-atacante, também tive partidas muito boas, sobretudo como visitantes, como contra equipe como Real Sociedad e Valencia… Contra equipes que querem ter a bola, o técnico tenta colocar mais gente no meio. Me sinto confortável sempre jogando. Eu quero jogar e onde estiver dou o melhor de mim”, afirmou ainda o jogador.
Tão confortável no Osasuna, Calleri foi perguntado se já falou com o clube sobre continuar depois desta temporada. Ele é vinculado ao Deportivo Maldonado, clube que é usado por seus empresários como dono dos direitos federativos, mas que ele nunca defendeu. Está emprestado ao Osasuna até junho.
“Ainda não [falei com o clube]. Continuar na primeira divisão é o que marcará um pouco tudo. Os que tem que decidir são as pessoas do Osasuna com Braulio, o técnico e o presidente. Eu sou dar tudo para continuarmos na primeira divisão, que é o que marcará o meu destino. Espero poder continuar, porque há muitos anos mudo de equipe em equipe e agora encontrei um que se adapta às minhas características e que somos parecidos na forma de viver e sentir o futebol”.
Perguntado sobre como vive fora de campo, ele comentou sobre o que gosta de fazer. “Sou muito tranquilo, caseiro. Vivo no centro. Às vezes saio para caminhar em Pamplona, tomar um café à tarde. Sobretudo vejo muito futebol. Agora a Champions e nossos rivais fim de semana depois de fim de semana. Eu gosto de me sentar no sofá, assistir futebol e tomar mate, como bom argentino. Com isto do COVID, tampouco se pode fazer muito, nem conhecer lugares. Optei por viver em um centro porque eu gosto das pessoas. Vivo em Buenos Aires é ver todo dia gente na rua. Sair, tomar café, ter todos perto, caminhar, ver gente… Eu gosto. O que vi em Pamplona me surpreendeu para o bem”, declarou o jogador.
Resta saber se o Osasuna, atualmente 13º colocado, permanecerá na primeira divisão. E se ficar na primeira divisão, se o argentino permanecerá. A sua carreira, porém, não parece indicar uma permanência.