Leonino
·20 de abril de 2025
Carlos Pereira compara Gyokeres a glória do Sporting: "Ficava com os joelhos em sangue"

Leonino
·20 de abril de 2025
Carlos Pereira partilhou balneário com figura histórica dos leões nos anos 70 e faz um paralelismo com Viktor Gyokeres, atacante do Sporting
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Carlos Pereira, antigo jogador do Sporting, comentou a grande temporada que tem sido realizada por Viktor Gyokeres. O avançado do Sporting está perto de volta a vencer a Bola de Prata pelo segundo ano consecutivo, tal como Héctor Yazalde conseguiu 73/74 e 74/75. O Viking - que também luta pela Bota de Ouro - comparou os dois jogadores e diz que ambos tiveram um impacto tremendo no Clube de Alvalade.
"Ele terminava o jogo sempre com os joelhos em sangue face à rudeza dos defensores contrários"
"Yazalde também deixava tudo em campo e naquele tempo, em que havia muitos pelados e os defesas eram duros, não se assinalando muitas das faltas que cometiam, ele terminava o jogo sempre com os joelhos em sangue face à rudeza dos defensores contrários", começou por explicar ao jornal 'A Bola'.
Yazalde, que quando foi contratado também se tornou na compra mais cara da história do Sporting, tal como Gyokeres, assinou 46 golos em 73/74, e adicionou mais 30, em 26 jogos, na temporada seguinte. Os números do argentino continuam ligeiramente melhores do que os do sueco, que marcou por 29 vezes na época de estreia, e leva 34 este ano.
"Yazalde era mais posicional e exímio nos golpes de cabeça"
Ao contrário de Viktor Gyokeres, o impacto de Yazalde no Sporting não foi imediato: "Primeiro olhou-se com alguma desconfiança mas depois todos percebemos que estávamos na presença de um enormíssimo jogador". Para fazer uma comparação, Carlos Pereira conta que Yazalde era "mais posicional e exímio nos golpes de cabeça". O argentino aproveitava a cadência ofensiva dos laterais na altura, usando-se dos "grandes extremos" dos leões na altura: Marinho e Dinis.
Para terminar, uma lembrança do caráter de Yazalde: "Mas não sei, sinceramente, se o Chirola era melhor dentro ou fora de campo, pois, muitas vezes, levava os miúdos desfavorecidos do bairro pobre que havia nas imediações de Alvalade para almoçar com a equipa no restaurante Castanheira de Moura e há a célebre história de no final da época de 1973/1974 uma marca de automóveis lhe ter oferecido um carro e ele ter feito questão que fizéssemos rifas e distribuir o dinheiro daí resultante por todo o plantel. O carro saiu ao Fernando Mamede", rematou Carlos Pereira.