Jogada10
·18 de março de 2025
CBF boicota sorteio na Conmebol e pede respaldo da Fifa após racismo

Jogada10
·18 de março de 2025
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não foi ao sorteio dos grupos da Libertadores e da Sul-Americana na última segunda-feira (17). O mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro não enviou representante para o evento no Paraguai. Afinal, Ednaldo ficou irritado com a entidade sul-americana por conta da punição branda após casos de racismo.
Assim como ele, a presidente do Palmeiras também não gostou da conduta da Conmebol e também não compareceu ao sorteio na última segunda-feira.
O principal acontecimento foi contra Luighi, atacante do Palmeiras. O jogador foi alvo de ofensas racistas na Libertadores sub-20, na partida contra o Cerro Porteño, do Paraguai. Desde então, tanto o Palmeiras quanto a CBF cobram posição mais dura da Conmebol para coibir esses casos. O Cerro, por outro lado, foi multado em US$ 50 mil e jogou de portões fechados na competição sub-20.
Ednaldo cobrou da Conmebol punição esportiva ao Cerro pelo caso com Luighi. Em nota, o presidente da CBF se disse chocado com as cenas e pediu “punições enérgicas”. Além disso, ele enviou ofício também para a Fifa, pois considera que o protocolo para casos de racismo foi ignorado.
O protocolo, afinal, prevê que, em casos de racismo, o árbitro deve paralisar o jogo e exigir o fim das ofensas, o que não ocorreu. Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender temporariamente ou até mesmo determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos.
Durante o sorteio, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, fez um longo discurso em que se conclamou as autoridades e os clubes sul-americanos para discutir medidas contra episódios de racismo nos torneios no continente.
Pouco depois, porém, o dirigente fez uma analogia de teor racista ao dizer que a Libertadores sem times brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”. Pressionado, ele pediu desculpas nesta terça-feira.