CBF se posiciona a favor do Palmeiras e cobra exclusão do Cerro da Libertadores Sub-20 | OneFootball

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·08 de março de 2025

CBF se posiciona a favor do Palmeiras e cobra exclusão do Cerro da Libertadores Sub-20

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Nesta sexta-feira (7 de março), em nota oficial, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou que enviou uma denúncia à Conmebol pedindo a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20. Assim, a atitude da entidade acompanha o posicionamento de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que pediu uma punição exemplar ao clube paraguaio.

Para quem não sabe, na última quinta-feira (6 de março), na vitória por 3 a 0 da equipe Sub-20 do Verdão contra o Cerro Porteño, o atacante Luighi e o meia Figueiredo foram vítimas de atos racistas. Inclusive, após o jogo, o atacante, aos prantos, fez um forte desabafo, cobrando a Conmebol ao vivo.


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De modo resumido, na nota, a CBF afirmou que enviou um documento de 29 páginas à Conmebol, solicitando a desclassificação do Cerro, assim como punições aos torcedores racistas. Além disso, a entidade brasileira destacou que “o protocolo global da FIFA contra racismo não foi cumprido pela arbitragem” durante o episódio no Paraguai.

O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, declarou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

O futebol deve ser espaço de igualdade e respeito. Por isso, a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta”, escreveram os diretores.

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Luighi, do Palmeiras, chora no banco de reservas após sofrer racismo na partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai. (Foto: Reprodução)

Leia o posicionamento da CBF na íntegra

A CBF enviou nesta sexta-feira (7) denúncia à Conmebol pedindo a punição dos torcedores e a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20.

O documento de 29 páginas elaborado pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade da CBF cobra tolerância zero contra atos discriminatórios e exige severa punição esportiva aos torcedores e ao clube paraguaio.

A entidade ainda alega que o protocolo global da FIFA contra racismo não foi cumprido pela arbitragem. Para a CBF, o racismo é um crime que fere a dignidade, a integridade e os princípios fundamentais do esporte e deve ser punido com penas que impactem fortemente os responsáveis.

“O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Na noite de quinta-feira (6), Luighi e Figueiredo foram alvos de ofensas racistas por parte de torcedores do clube paraguaio durante jogo válido pela Conmebol Libertadores sub-20. O time brasileiro venceu o confronto por 3 a 0. Torcedores do Cerro Porteño imitaram um macaco e cuspiram na direção dos atletas brasileiros, que protestaram. Luighi deixou o campo chorando e desabafou em entrevista depois da partida.

“O futebol deve ser espaço de igualdade e respeito. Por isso, a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta”, escreveram os diretores da CBF no documento.

Na denúncia, a CBF argumenta, ainda, que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novas ocorrências. “Frise-se que a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro”, reforça a denúncia.

Cópias dos documentos foram enviadas para os presidentes da FIFA, Gianni Infantino, e da Conmebol, Alejandro Domínguez.

O combate ao racismo é uma das prioridades da CBF, a primeira confederação a implementar punição desportiva em seu Regulamento Geral de Competições para casos de racismo.

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