Trivela
·12 de novembro de 2020
Trivela
·12 de novembro de 2020
A Irlanda do Norte – mais especificamente, sua torcida – foi um dos destaques da Eurocopa de 2016, a sua primeira aparição no torneio, mas assistirá à próxima de casa. Nesta quinta-feira, Michal Duris marcou a dez minutos do fim da prorrogação e carimbou a vaga da Eslováquia, com vitória por 2 a 1, ao torneio que deve ser realizado ano que vem.
Desde que se tornou independente, a Eslováquia havia disputado apenas a Eurocopa anterior, quando foi eliminada nas oitavas de final pela Alemanha. Estava com a vaga na mão na final da repescagem, mas um gol contra de Milan Skriniar forçou a prorrogação. Quando os pênaltis pareciam certos, um contra-ataque (e certa dose de sorte) foi suficiente para a vitória e para a vaga.
Ainda não se tem muita certeza do que George Saville tentou fazer. A melhor hipótese é que o meia do Middlesbrough tentou aparar o lançamento eslovaco para Jonny Evans sair jogando. Se foi isso, pegou forte demais na bola. Se queria tentar recuar ao goleiro, quase do meio-campo, tomou uma decisão meio maluca e aí pegou foco demais na bola. O que aconteceu de concreto foi que a sua cabeçada para trás acabou servindo de assistência para Juraj Kucka invadir a área, aos 17 minutos, e abrir o placar para a Eslováquia.
O gol gerado por um erro individual foi um dos poucos momentos de ação do primeiro tempo. A Eslováquia ainda teve uma boa movimentação com Róbert Mak. Recebeu pela esquerda, levou para o meio, mas bateu meio travado, embora ainda tenha conseguido ganhar um escanteio. No outro lado, a única ameaça saiu por meio da sorte. Nial McGinn cruzou pela direita, mas pegou mal. Tão mal que deu sorte: estava prestes a fazer um gol absurdo, mas Marek Rodák se recuperou e espalmou por cima do travessão.
Não sei se vocês já presenciaram o momento em que a Irlanda do Norte precisa sair para o jogo e buscar um gol. Não costuma ser bonito. Foram oito finalizações no segundo tempo e apenas uma acertou o alvo. E nem foi a do gol de empate. Aos 42 minutos do segundo tempo, Paddy McNair escapou pela direita, invadiu a área rente à linha de fundo e cruzou rasteiro. De todos, Milan Skriniar, um dos melhores eslovacos em talento bruto, cortou contra o próprio patrimônio.
A prorrogação caminhava da maneira como prorrogações costumam caminhar, sem acontecer muita coisa, todos com medo de cometer o erro que seria fatal. De certa forma, tinham razão. A Eslováquia conseguiu, sabe-se lá como, encaixar um contra-ataque aos cinco minutos do segundo tempo. Juraj Kucka fez o lançamento. Jonny Evans corria em direção ao gol. A bola bateu em suas costas e sobrou para Michal Duris. Com o domínio, driblou o zagueiro do Leicester e bateu rasteiro, entre Bailey Peacock-Farrell e a trave.
A Irlanda do Norte ainda tentou pressionar. No minuto final, teve uma falta quase do meio-campo que o próprio Peacock-Farrell mandou para a área. Até gerou uma cabeçada perigosa de Jonny Evans, mas nas mãos de Rodák, que barrou a última tentativa de um milagre.
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