Ceará Sporting Club
·10 de abril de 2025
Com mesma tecnologia usada no profissional, CESP amplia monitoramento fisiológico dos atletas da base

Ceará Sporting Club
·10 de abril de 2025
Marcelo Vidal / Ceará SC
O processo de formação realizado pelo Ceará Sporting Club é acompanhado de perto pelo Centro de Saúde e Performance (CESP). Com processos estratégicos definidos visando a integração completa do departamento, presente na Cidade Vozão e em Carlos de Alencar Pinto (CAP), as equipes Sub-20 e Sub-17 são monitoradas pela fisiologia com equipamentos utilizados por clubes participantes da LaLiga, Premier League e por seleções nacionais.
Trata-se do GPS (Global Positioning System) da Catapult, empresa australiana referência mundial em tecnologia para o esporte, que integra sensores avançados, resultando em análises para o monitoramento e, também, para a quantificação da carga externa de treino e de jogo dos atletas.
A partir da tecnologia, a equipe de fisiologia do Ceará, composta por Filipe Lourenço, Tiago Peres, Gabriel Gadelha e pelo alemão Kjell Nürnberger, consegue mensurar o volume e a intensidade das sessões de treino e de jogos, como distância percorrida, acelerações e desacelerações, sprints, entre outros. Com isso, é possível a realização do controle da carga de treino, evitando sobrecarga ou subcarga.
O monitoramento realizado pelo CESP, com auxílio do GPS, serve, também, para a prevenção de lesões, permitindo que a equipe faça uma análise do histórico de carga, identificando padrões para o ajuste da programação de treinos.
Também é possível, a partir do Catapult Vector S7, o monitoramento do RTP (returno to play), que compara carga em diferentes momentos, permitindo o acompanhamento do retorno gradual dos atletas lesionados pelos fisiologistas. Por fim, o equipamento também contribui para a análise do desempenho físico-tático. Com a integração de dados realizada pelo sistema, é possível entender contextos específicos dos atletas nas partidas.
"O GPS hoje é uma ferramenta fundamental no controle e ajustes durante uma sessão de treinamento. Com ela conseguimos planejar de maneira mais eficiente, maximizando a performance. Essa integração entre as informações de base e profissional é de muita importância para evitarmos lesões, e fazermos possíveis ajustes dentro do treinamento e o principal que a informação seja transmitida entre todos os departamentos do clube", destacou Filipe Lourenço, coordenador da fisiologia do Ceará.
"Com certeza o Ceará é um dos clubes com melhor estrutura de tecnologia. E é muito interessante que a maioria dos processos e ferramentas utilizadas na categoria profissional conseguem ser replicadas também para as categorias de base. Um exemplo disso é a utilização da versão mais atualizada dos dispositivos de GPS desde o profissional até o sub-17", disse Tiago Peres, fisiologista recém-chegado ao Ceará, sobre a tecnologia referente a área fisiológica presente no Time do Povo para os atletas.
Pensando na integração dos processos do CESP entre base e profissional, o equipamento de monitoramento da Catapult foi adquirido pelo Ceará para o Sub-17 nesta semana. Gabriel Gadelha, fisiologia do Time do Povo na Cidade Vozão, destacou a importância da extensão do acompanhamento fisiológico para a categoria.
"Os novos GPS irão ajudar no processo de desenvolvimento da performance dos atletas da categoria, prevenção de lesão e condução dos planejamentos da temporada, contendo informações cruciais para o controle de carga nos treino, gerando o estímulo necessário para otimizar o acompanhamento individual dos atletas. Além das análises em tempo real dos jogos e treinos, ajudando na tomada de decisão da comissão técnica em momentos decisivos", iniciou o fisiologista.
"Os GPS são do mesmo modelo do futebol profissional, então teremos parâmetros semelhantes para acompanhar e possibilitar uma melhor fluidez de atletas entre o departamento profissional e o departamento de base do clube", completou Gabriel Gadelha.
A chegada do GPS para o Sub-17 reforça o comprometimento do Ceará com a área de Saúde e Performance. No Brasil, são poucos os clubes que dispõe do serviço tecnológico do Sub-17 ao profissional. A proposta da diretoria é ser um "clube-referência" na área. Somente em 2025, mais de R$ 500 mil foram investidos em melhorias estruturais e, também, na aquisição de equipamentos de ponta, focados na recuperação dos atletas lesionados.
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