Stats Perform
·12 de março de 2020
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·12 de março de 2020
Não é possível, tampouco justo, apontar um único fator como responsável pelo roteiro épico no encontro entre Liverpool e Atlético de Madrid, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Mas é inquestionável que os goleiros tiveram papel de protagonismo – para o bem e para o mal – no encontro que terminou com vitória e classificação dos espanhóis dentro de Anfield.
De um lado, Jan Oblak seguiu a mostrar por que é um dos melhores do mundo em sua posição. O esloveno fez seu recorde de defesas (9) com a camisa colchonera no jogo em que Simeone mais vezes viu a sua defesa ser testada (os ingleses finalizaram um total de 34 vezes) desde que assumiu como treinador. Do outro, Adrián deixou escancarado a falta que Alisson, o titular, faz para os atuais campeões europeus.
O Liverpool venceu no tempo regulamentar pelo mesmo placar de 1 a 0 com o qual foi derrotado, na ida, pelo Atleti. Na prorrogação, Roberto Firmino fez o 2 a 0, mas os Colchoneros ganharam nova vida graças a uma falha crucial de Adrián: o espanhol, substituto do lesionado Alisson, saiu errado com a bola; a bola foi parar nos pés do português João Félix, que serviu Marcos Llorente.
Llorente voltaria a estufar as redes e ainda daria a assistência para Morata sacramentar o 3 a 2 que levam os espanhóis para as quartas de final. Após o duelo, Diego Simeone e Jurgen Klopp, respectivos técnicos de Atlético de Madrid e Liverpool, tiveram, obviamente, tons diferentes ao falarem sobre seus arqueiros.
“Ele defendeu em todas as situações hoje, mas nós também dificultamos a situação para os atacantes deles finalizarem. Ele salva jogos para nós. Messi ganha jogos (para Argentina e Barcelona) lá na frente, mas no gol pessoas também podem ganhar jogos para você. E o Oblak faz isso. Os nossos torcedores irão se lembrar disso e da atuação dele por um longo tempo”, afirmou Simeone em sua entrevista coletiva.
Klopp, por outro lado, foi bastante realista quanto Adrián.
“Ele é homem e sabe como é. Não vamos culpá-lo, nem por um segundo (...) Ele não queria fazer aquilo, nos salvou em vários outros momentos quando esteve em campo”, disse.
“Aquele gol não nos ajudou hoje, mas as coisas são assim (...) Não foi naquele momento que perdemos o jogo, mas teve um grande impacto”.
“Várias razões explicam por que não avançamos. É assim na vida, especialmente quando o seu trabalho é aberto ao público, as pessoas te julgam. Só que ele é um homem feito e vai lidar com isso. Nós vamos ajudá-lo, mas sinceramente eu não acho que ele precise”.