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·25 de julho de 2024

Conhecendo as adversárias: Nigéria é o primeiro teste do Brasil

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A Olimpíada de Paris marca a retomada da seleção feminina de futebol da Nigéria, após três edições sem participar dos jogos. A primeira vez que o grupo esteve presente foi em 2000, quando terminou sem vencer nenhuma partida, ficando em último lugar da fase de grupo. Agora, retornam aos Jogos Olímpicos no grupo C, onde encaram Brasil, Japão e Espanha. O primeiro confronto será com a seleção brasileira, nesta quinta-feira (25), às 14h (horário de Brasília).

Mas se o passado não beneficia a Nigéria, a história recente acende um alerta para os torcedores brasileiros. A seleção está em seu melhor momento e durante a Copa do Mundo de 2023 fez uma campanha superior à do Brasil, eliminado na primeira fase.


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No Mundial do ano passado, as Super Falcons (como são conhecidas) se classificaram em segundo no grupo com Austrália, Canadá e Irlanda. Foram eliminadas nas oitavas de final na disputa de pênaltis contra a Inglaterra, depois que o tempo regulamentar da partida terminou em 0 a 0.

Durante as eliminatórias para os Jogos Olímpicos, a Nigéria deixou a Etiópia, Camarões e África do Sul pelo caminho. Mas ao contrário das outras equipes, após essas partidas, a seleção não participou de nenhum amistoso.

O que esperar do futebol nigeriano?

Para vencer o Brasil e se destacar em mais um torneio, as Super Falcons apostam todas as fichas no talento individual de suas atletas e justamente por isso, o ataque é o que mais funciona dentro de campo. O grupo também se destaca, em menor proporção, pela boa recomposição, usando a mesma velocidade para fechar os espaços e voltar a marcar as adversárias.

Mas o trunfo dessa seleção também é seu ponto fraco. Por confiar demais na individualidade de suas atletas, o técnico Randy Waldrum deixa de explorar o meio de campo, impedindo que as jogadas sejam mais criativas e, consequentemente, tenham maior variação para a construção de jogadas.

Quem pode assustar?

  1. Asisat Oshoala, do Bay FC Aos 29 anos, a atacante é a principal jogadora do time e já fez história no futebol, afinal, ela foi a primeira mulher africana indicada ao prêmio The Best, da FIFA. Foi vestindo a camisa da seleção de base, que Oshoala se destacou e desde então entrou na rota dos grandes clubes europeus, acumulando passagens por Liverpool, onde recebeu o prêmio de atleta da temporada logo no ano de estreia, Arsenal e Barcelona. Essa é a primeira vez que ela disputa um torneio olímpico. A inteligência de Oshoala a faz observar bem os espaços do time adversário e tentar ao máximo ocupa-los. Além de ser uma atacante nata com velocidade e, claro, faro de gol. Em 25 jogos disputados com a seleção da Nigéria, ela marcou 12 vezes.  
  2. Chiamaka Nnadozie, do Paris FC A goleira de 23 anos se tornou um fenômeno durante a Copa do Mundo de 2023, quando defendeu um pênalti da lenda viva do Canadá, Christine Sinclair, e atualmente é uma das jogadoras de confiança do técnico Randy Waldrum. A estreia dela como titular aconteceu no mundial de 2019, e na época, Nnadozie se consagrou como a goleira mais jovem a não sofrer gols em uma partida de mundial feminino. Foi na vitória da seleção nigeriana contra a Coreia. Seu principal fundamento é, justamente, a capacidade de defender penalidades. Após a Copa do Mundo, a goleira segurou três pênaltis contra Camarões nos jogos Africanos do Marrocos e ajudou o seu país a garantir a medalha de Ouro. Atualmente, ela está no Paris FC, na França e é titular há quase três temporadas.   
  3. Michelle Alozie, do Houston Dash Aos 27 anos, Alozie é considerada como uma atleta polivalente, se dividindo entre atacante e lateral. No seu clube, o Houston, ela atua mais no ataque, enquanto pela seleção faz um trabalho mais defensivo na lateral direita. A jogadora teve suas primeiras oportunidades com a seleção em 2022, na Copa de Nações Africanas e depois marcou presença na campanha da Copa do Mundo de 2023. Ela tem sido convocada regularmente pelo técnico Randy Waldrum.
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