Gazeta Esportiva.com
·16 de janeiro de 2025
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·16 de janeiro de 2025
O Corinthians emitiu uma nota oficial na tarde desta quinta-feira referente à publicação da matéria da Gazeta Esportiva sobre gastos do clube por meio de cartões corporativos, que já superam R$ 8 milhões.
Antes de publicar a matéria “R$ 43 mil no Coco Bambu e gastos com Memphis: cartão corporativo do Corinthians supera R$ 8 milhões”, a reportagem da Gazeta Esportiva questionou, mais de uma vez, e pediu explicações sobre os gastos com bares e restaurantes, não apenas no Coco Bambu, feitos nos cartões corporativos do clube. O Timão, no entanto, preferiu não trazer detalhes sobre os temas indagados.
A nota enviada pela assessoria à reportagem, inclusive, foi adicionada na matéria. Caso o clube tivesse enviado uma resposta detalhada sobre determinado assunto, ela também seria incluída no texto, como é de praxe. A reportagem concedeu mais de quatro dias para o clube colher tais informações e postergou a publicação em três oportunidades afim de demonstrar parcimônia e dar ao clube condição de averiguar as faturas.
A matéria não faz juízo de valor, não emite qualquer opinião, não faz insinuações e expõe fatos, que não se referem somente aos gastos do Corinthians no Coco Bambu. É clara a abordagem de outros temas, talvez mais relevantes, como as despesas com Memphis Depay, gastos em viagens e hotéis, lojas automotivas, dentre outros.
Estes gastos envolvendo o holandês e outras eventuais despesas do presidente Augusto Melo foram ignorados pela assessoria de imprensa do Corinthians. A reportagem apurou ainda, nesta quinta-feira, que Augusto sequer foi comunicado pela superintendência de comunicação do clube sobre os questionamentos feitos pela Gazeta Esportiva que se referiam ao mandatário, o que resultou em irritação de Augusto e desconforto interno junto ao responsável da área.
Após a publicação da matéria, o clube divulgou uma nota e decidiu justificar os gastos de R$ 43 mil na rede de restaurantes Coco Bambu. Além disso, deu explicações, antes ignoradas, sobre eventuais despesas do presidente. Segue abaixo o comunicado do Corinthians:
“O Sport Club Corinthians Paulista vem a público com esclarecimentos sobre a matéria publicada no dia de hoje no site Gazeta Esportiva, com o título “R$ 43 mil no Coco Bambu e gastos com Memphis: cartão corporativo do Corinthians supera R$ 8 milhões”.
A matéria traz no título a soma dos gastos de 6 pedidos feitos no restaurante Coco Bambu, realizados entre junho e novembro de 2024. A reportagem ainda insinua que essas refeições teriam relação com a presença de convidados da delegação do time.
O que a Gazeta Esportiva não conta é que os valores são relativos à alimentação de todos os jogadores, do staff e da comissão técnica do time, em jogos realizados fora de casa. Nas partidas em outras cidades, os atletas, staff e comissão técnica fazem a refeição pós-jogo dentro do vestiário. O cardápio é escolhido por um nutricionista e passado para quem está na viagem, permitindo que escolham entre opções como carne, peixe e massa. É uma alimentação controlada para repor o gasto energético e calórico da partida. As refeições são entregues e realizadas no vestiário do estádio. Depois de comerem, atletas, staff e comissão seguem para o aeroporto e retornam a São Paulo. Quando a comissão opta por dormir na cidade do jogo, as refeições são feitas no hotel. Todos esses valores são pagos com o cartão corporativo que fica com o Departamento de Futebol.
O Coco Bambu não é o único restaurante que realizou este serviço, mas foi o preferido em algumas cidades pela qualidade, fornecimento e segurança alimentar. Além disso, possui refeições mais leves, como legumes, peixes, batatas assadas, arroz integral e ingredientes nos quais podemos confiar. A qualidade da alimentação é um dos fatores primordiais no processo de recovery pós-jogo.
A vantagem de se servir no estádio é tanto logística quanto financeira, pois realizar a refeição pós-jogo em área reservada de aeroporto é muito mais oneroso.
Todos os gastos específicos questionados pela reportagem foram respondidos pontualmente, com a data, o local e uma breve descrição do gasto. O Clube lamenta que a reportagem não tenha questionado sobre os gastos específicos com o Coco Bambu, que foi justamente o destaque da manchete, o que seria uma boa prática jornalística. Ao invés disso, a reportagem fez os questionamentos que julgou convenientes e trouxe um teor completamente diferente na publicação. E mais uma vez, como já foi dito em outras entrevistas e informado para a reportagem em questão, não há gastos com convidados, que viajam em voos fretados e arcam com os próprios gastos de hospedagem e alimentação.
O Clube reforça que todos os gastos com o cartão corporativo são exclusivamente para despesas relacionadas a viagens, hospedagens, refeições e outras necessidades operacionais ligadas às atividades do clube, incluindo os esportes profissionais e de base, envolvendo atletas e funcionários dessas áreas. Exatamente como foi informado, em nota, para a reportagem.
Mais uma vez, o Clube reitera que tem apenas um cartão corporativo, que pode ser usado por 5 CPFs diferentes, relativos aos departamentos de Compras, Futebol Profissional e Presidência (este cartão, inclusive, está zerado e nunca foi usado pessoalmente pelo presidente Augusto Melo).
Isso inclui gastos com a manutenção da frota de veículos do Clube. Não existe, portanto, nenhum gasto de uso pessoal do presidente ou dos diretores do Corinthians, como a matéria insinua quando fala sobre trocas de pneus.
O Clube mantém sua postura de transparência, reforça sua histórica posição de apoio à liberdade de imprensa e à plena Democracia, sempre aberto ao diálogo. Por isso, lamenta quando uma reportagem faz insinuações infundadas.”