CBF
·19 de julho de 2022
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Cento e vinte cinco partidas, 53 gols e muito amor pela Seleção Brasileira. Artilheira da Era Pia, Debinha anotou mais dois na goleada desta segunda-feira (18) sobre a Venezuela por 4x0. Emocionada, ela lembrou de todo o caminho que percorreu até aqui.
“É surreal atingir essa marca. Quando comecei, eu via Formiga, Cristiane, Marta e era um sonho para mim jogar ao lado delas. E hoje estar aqui, completando 125 jogos pela Seleção, é mais um sonho realizado. Estou muito feliz por esse momento que estou vivendo e, claro, estarei sempre à disposição da Pia, sempre dando o meu máximo para que ela possa contar comigo quando precisar e, claro, sempre buscando ajudar minhas companheiras”, disse.
O resultado decretou a classificação antecipada da Canarinho para a semifinal com 100% de aproveitamento. Já a camisa 9 foi eleita a melhor em campo e chegou a quatro gols em três partidas, dividindo a artilharia da competição com a companheira Adriana e a argentina Yamila Rodríguez.
“A equipe vem fazendo um ótimo trabalho, a Adri também, se destacando, fico feliz por ela. Fico feliz com os gols que tenho feito, acho que o time está de parabéns e estou muito satisfeita pela vitória e pela classificação. Acho que estou colhendo os frutos hoje de todo o trabalho que faço na minha equipe e com a Seleção e, claro, eu não vou parar por aqui. Estarei sempre buscando o meu máximo, evoluindo e dando o meu melhor para defender a Seleção Brasileira”, prometeu.
Copa América - Seleção Feminina Principal: Brasil x Venezuela Créditos: Thais Magalhães/CBF
Para quem entende do riscado como Debinha, qualquer caminho para as redes fica mais fácil. Se a camisa 9 atingiu números importantes nesta segunda, também tornou um deles irrelevante: a altura de 1,58 m. Foi de cabeça que a atacante marcou o seu primeiro gol da noite, o terceiro do Brasil no confronto, após Gabi Portilho acionar Antonia em profundidade e a defensora cruzar sob medida.
“Foi um belo passe da Antonia. Quando ela levou na linha de fundo, eu sabia que ela procuraria o segundo pau, porque a gente vem trabalhando muito isso, e fui feliz na finalização. A gente não podia se classificar de uma forma melhor. Tivemos um placar elástico, fizemos o que a Pia vem nos pedindo e agora é não dar bobeira. Tem outras seleções que são muito boas e podem nos surpreender. É se preparar, ter a tranquilidade que tivemos hoje e buscar mais uma vitória no próximo jogo”, disse.
Já no segundo gol, a artilheira apresentou às venezuelanas sua marca registrada. Após Angelina roubar a bola no campo de ataque e acioná-la, Debinha aplicou bela caneta na marcadora e chutou forte na lateral esquerda da rede, fechando a conta no Estádio Centenário com uma bola indefensável na meta da goleira Cáceres. Feliz com o desempenho da equipe, ela foca no trabalho para alçar voos ainda mais altos com a Amarelinha.
“A gente sabe que tem um bom caminho a percorrer. Cada jogo que fazemos nos traz um aprendizado diferente, a Pia está sempre destacando alguns aspectos em que a equipe precisa melhorar, acho que até o Mundial teremos um bom tempo para fazer esses ajustes. Mas, por enquanto, a equipe está de parabéns, estamos fazendo o que a Pia vem nos pedindo e estamos sempre buscando evoluir a cada jogo”, disse, comentando o confronto com duas treinadoras mulheres no comando.
“Fico feliz que as mulheres estejam tomando o espaço que elas merecem. A gente vê a técnica da Venezuela, a Emily [Lima] no Equador… quanto mais lutarmos pelo nosso espaço, mais evoluiremos nesse quesito. Fico muito feliz de ver essas mulheres competentes tomando o lugar que elas merecem e faremos sempre o máximo que pudermos para ver mais mulheres em posição de poder”, concluiu.
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