Gazeta Esportiva.com
·12 de novembro de 2024
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Nesta terça-feira, a defesa do atacante do Flamengo, Bruno Henrique, divulgou em nota oficial, um pedido de arquivamento das investigações contra o atleta por suposta manipulação de resultado na partida entre Santos e Flamengo, no Campeonato Brasileiro do ano passado.
Os advogados do jogador também pediram a devolução dos bens do atleta que foram apreendidos, citando que houve erros no processo de investigação por parte da Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP).
“Nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado”, afirmam.
A nota ainda diz que o caso já havia sido investigado e arquivado pelo STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva), por não encontrar indícios de manipulação por parte do atleta. “O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.”
A defesa destaca que a imagem de seu jogador foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.
“Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”, pontuam os advogados.
Bruno Henrique é acusado pela PF e MP de beneficiar apostadores ao levar um cartão amarelo, aos 50 minutos do segundo tempo, na derrota do Flamengo para o Santos por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília, no ano passado.
Confira a nota na íntegra:
Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.
É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.
O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.
Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.
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