Trivela
·08 de julho de 2022
Trivela
·08 de julho de 2022
Pepe Reina possui uma das trajetória mais condecoradas do futebol espanhol. O goleiro conquistou tudo como reserva da seleção. Já por clubes, a lista de títulos inclui competições na Inglaterra, na Itália e na Alemanha. Prestes a completar 40 anos, o veterano não desistiu de sua carreira e continuava na Lazio como reserva. Ao final de seu contrato, retorna ao futebol espanhol depois de 17 anos, para o time onde realmente estourou: o Villarreal. Ídolo do Submarino Amarelo, o camisa 1 assinou por uma temporada. Muito provavelmente, para se despedir do esporte na antiga casa.
Pepe Reina é filho de Miguel Reina, goleiro que atuou no Barcelona e no Atlético de Madrid durante a virada dos anos 1960 para os 1970. Sua trajetória começou nas categorias de base do Barça e ele se profissionalizou no clube. Chegou a assumir a titularidade em partes das temporadas 2000/01 e 2001/02, mas sem transmitir confiança o suficiente para se firmar. Foi então que o Villarreal surgiu em seu caminho, em julho de 2002. O Submarino Amarelo assinou com o arqueiro de 19 anos, em negócio que levaria Belletti à Catalunha.
Foram três temporadas de Reina na meta do Villarreal. O jovem goleiro seria importante para que o clube se estabelecesse na elite do futebol espanhol. Participou de grande campanha na Copa da Uefa e auxiliou o Submarino Amarelo a se classificar pela primeira vez à Champions League. Foi graças ao trabalho no Madrigal que as portas da seleção se abriram. Em 2005, o arqueiro acabou levado pelo Liverpool, para assumir a meta da equipe de Rafa Benítez logo após a conquista da Champions. O Villarreal recebeu €10 milhões.
Reina se manteve na elite do futebol ao longo de duas décadas. Foi um grande goleiro no Liverpool, ocupando o posto de titular do clube por oito temporadas. Teve bons momentos também com o Napoli. Foi reserva do Bayern de Munique e do Milan, além de passar brevemente pelo Aston Villa. Já na seleção, constou nas convocações de 2005 a 2018. Disputou 36 partidas e compôs o elenco em quatro Copas do Mundo e duas Eurocopas. Era o reserva de Iker Casillas e depois de David de Gea, mas ainda assim se tornou um jogador muito querido e importante por sua influência no grupo. Até que, nos dois últimos anos, o veterano se dedicasse somente à Lazio. Foi titular em parte da caminhada, mas sem um nível de desempenho tão alto para se manter.
O retorno para o Villarreal é bastante interessante para Reina, pensando nas perspectivas do clube. É uma equipe que continua frequentando as copas europeias, onde o veterano poderá atuar. E não seria totalmente surpreendente se ele tomasse a posição. Gerónimo Rulli não é unanimidade como titular, enquanto Sergio Asenjo retornou ao Valladolid depois de mais de uma década longe dos violetas. Pelo profissionalismo e pela capacidade técnica, Reina dá um caldo. Caberá a Unai Emery saber como utilizar o veterano.
Também não surpreenderia se, depois da aposentadoria, Reina assumisse um cargo diretivo dentro do Villarreal. A relação com o clube é bastante antiga e o veterano possui bom trânsito nos corredores da federação espanhola. É alguém que pode dar sua contribuição em outros aspectos além dos treinamentos. Aos 39 anos, está no momento de pensar nos próximos passos. E, pelo trabalho de bastidores, o Submarino Amarelo também é um bom destino.