Papo na Colina
·03 de maio de 2025
”Desrespeitou o estatuto…” Polêmica entre Vasco e Felipe ganha novo episódio

Papo na Colina
·03 de maio de 2025
O empate em 1 a 1 com o Operário-PR, nesta quarta-feira (1º), pela terceira fase da Copa do Brasil, não foi o único fator que gerou incômodo entre torcedores e bastidores do Vasco. A atuação fraca em campo, apesar de frustrante, acabou ficando em segundo plano diante de uma declaração polêmica do diretor-técnico Felipe Loureiro, que hoje comanda a equipe de forma interina.
Após a partida, Felipe criticou abertamente o zagueiro Manuel Capasso, contratado por cerca de US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 9 milhões) por 50% dos direitos econômicos. A fala, considerada grosseira e desrespeitosa, gerou forte repercussão, especialmente por partir de um dirigente que, agora, também ocupa a função de técnico.
Estatuto do clube prevê punição para gestão temerária
A atitude de Felipe pode até ter ferido o Estatuto Social do clube. O parágrafo 7 do Artigo 47, Capítulo VII, é claro ao tratar sobre atos de gestão irregular:
“Caso incorram em ato de gestão irregular ou temerária, os dirigentes eleitos ou nomeados serão imediatamente afastados…, pelo período de cinco anos.”
Nesse contexto, desvalorizar publicamente um ativo do clube, ainda mais em um momento financeiro delicado, pode configurar falha grave. O Vasco anunciou recentemente, em seu balanço financeiro, que a dívida do clube ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Diante disso, declarações como a de Felipe soam como um “tiro no pé” na visão de muitos conselheiros e torcedores.
Felipe “Maestro” criticou o zagueiro Manuel Capasso (Foto: Fabio Giannelli/AGIF)
Felipe segue no cargo com respaldo da diretoria
Apesar da crítica à postura do dirigente, a tendência é que nada mude internamente por ora. Felipe, que assumiu o time de forma emergencial após a saída de Fábio Carille, conta com a confiança do presidente Pedrinho, seu parceiro de longa data no clube.
Nos números, o desempenho como treinador ainda deixa dúvidas: são 37 jogos na carreira, com apenas 26,4% de vitórias e 37,2% de aproveitamento. Ele já comandou equipes como Tigres do Brasil, Bangu, Confiança, Volta Redonda e, agora, o próprio Vasco.
Com pouco tempo para treinar até o confronto decisivo contra o Lanús, na Argentina, na próxima terça-feira (13), pela Copa Sul-Americana, Felipe deve ser mantido no cargo pelo menos até o resultado da partida.
Torcida e bastidores cobram mais responsabilidade
Nas redes sociais e nos bastidores de São Januário, cresce a pressão por maior responsabilidade institucional e por respeito ao estatuto do clube. Muitos apontam que a conduta de Felipe ultrapassou os limites e que sua função, seja como dirigente ou treinador interino, exige mais zelo na condução do ambiente esportivo e financeiro.
Enquanto isso, o Vasco vive mais um episódio de turbulência extracampo — cenário recorrente nos últimos anos e que dificulta a reconstrução do clube dentro das quatro linhas.
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