MundoBola Flamengo
·15 de janeiro de 2025
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·15 de janeiro de 2025
Nesta terça-feira (14), o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou o contrato de patrocínio com a Shopee. A empresa asiática vai estampar sua marca na manga da camisa do futebol profissional e do feminino, além do short do time de basquete, por R$ 12 milhões por ano. O MundoBola Flamengo teve acesso ao discurso do diretor de marketing, Marcos Senna, aos conselheiros presentes. Confira detalhes do contrato, que pode render mais dinheiro ao Mengão.
A começar com a concorrência com o Mercado Livre. A marca que estampava as costas do Manto Sagrado ofereceu um valor considerado baixo pelo para renovar e, como demanda exclusividade, está definitivamente fora do clube a partir do acordo com a Shopee. Isso significa que a loja oficial do Rubro-Negro será transferida de uma plataforma para a outra. A empresa se comprometeu a cobrar taxas menores aos lojistas, que são cerca de 19 ou 20 no antigo patrocinador.
E justamente no segmento das vendas que estão as possibilidades de arrecadação do Flamengo além dos R$ 12 milhões fixos e de ações previstas em contrato. Primeiro com os benefícios aos torcedores: a empresa se comprometeu a entregar 1 milhão de reais em cupons para
"Eles comprometeram em contrato em dedicar um milhão de reais, não em dinheiro no público, mas em desconto de cupões que o Flamengo decide como fazer. Agora também vai ter um cupom, eu posso ter, por exemplo, cupons de 10 reais, 100 mil cupons, ou então cupons de 20 reais. A gente vai definir", iniciou Marcos Senna, antes de completar:
"No total, tem um orçamento de um milhão de reais, que eles vão bancar um milhão de reais em cupons para nós darmos para os nossos torcedores em descontos para compras na Shopee. Isso é um avanço para a gente, porque a gente passa a ter não só o dinheiro fixo, mas tem esse milhão."
Ainda nas vendas, o Flamengo terá a oportunidade de se tornar um lojista e também receber pela venda dos produtos oficiais. Marcos Senna afirmou que essa possibilidade ainda precisa ser analisada pelo departamento jurídico, já que o Fla é uma instituição sem fins lucrativos, mas valoriza o contrato dar a oportunidade de uma arrecadação variável.
A ideia é que o Rubro-Negro receba os mesmos benefícios de qualquer outro lojista. O que significa 5% sobre o valor de cada venda, com limite de 100 reais por unidade. Uma camisa oficial custa R$ 350, por exemplo, o que renderia ao clube R$ 17,5 a cada unidade vendida. Valor que pode parecer pouco a primeira vista, mas pode ter crescimento exponencial a depender da quantidade de vendas. Isso além dos outros produtos que serão vendidos. Confira a explicação de Marcos Senna:
"O combinado é: ele abriu o programa de afiliados deles, o Flamengo. O Flamengo por si, ou através de um licenciado, ou de um parceiro. De uma forma que o Flamengo ainda vai discutir. Tem todas as questões mais que o nosso jurídico. Nós somos uma entidade sem fins lucrativos. Nós temos a questão tributária."
"A gente vai definir como fazer. Se quer fazer, se não quer. Mas existe a possibilidade, se o Flamengo entender que vale a pena, entra no programa de afiliados e fica elegível a uma remuneração variável, que é basicamente 5% da venda que a gente gerar, limitada até 100 reais por unidade. Isso pode, no futuro, gerar uma receita nova"
A última alternativa de receita que o contrato vai proporcionar ao Flamengo diz respeito ao espaço de mídia. A Shopee tem um alto número de usuários no aplicativo e vão dar parte desse espaço para o Flamengo utilizar. O valor deve girar em torno de R$ 6 milhões de reais, mas Senna não quis confirmar um montante por não ser algo definido em contrato.
"Eles são um canhão de mídia, como nós. Eles têm 70 milhões de usuários todo mês entram no aplicativo deles. Então, o que eles prometeram para a gente? Parte daquela mídia, eles também vão dar para a gente usar. Qual é o valor dessa mídia? A gente tem uma ideia. Eu até digo aqui, de forma informal. Em torno de 6 milhões de reais. Entre 5 e 7 milhões de reais."
O diretor explica que o Flamengo optou por não colocar esse valor estipulado em contrato, pois o interesse da empresa era dividir os R$ 12 milhões de patrocínio entre o pagamento em dinheiro e benefícios. Da forma que foi feita, o Fla recebe o valor integral que deseja e ainda ganha a possibilidade da mídia da empresa.
"Por que a gente não colocou essa obrigação deles no contrato? Então, bota 6 milhões de mídia aqui para mim. Porque eles queriam fazer isso, pagar R$ 6 milhões em dinheiro e R$ 6 milhões em mídia. Não. Vamos primeiro garantir os 12 milhões de dinheiro, depois a gente fala da mídia. Foi o que a gente fez", explicou o diretor, antes de exemplificar como pode acontecer:
"Vamos supor que a Globo só tinha vendido 2 minutos. Faltou 1. O que ela faz? Ela vende mais barato. Ela liquida. Igualzinha uma loja de camisa que não vendeu, ela liquida. Então, essa mídia que sobra, normalmente é essa que elas botam no nosso contrato. E tem um valor agora. Isso estar previsto no contrato é excelente", finalizou.