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·15 de maio de 2025

Ednaldo Rodrigues é, novamente, afastado da presidência da CBF

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Novamente por decisão judicial, Ednaldo Rodrigues é afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão veio na tarde desta quinta-feira (15), por parte do desembargador Gabriel Zefiro, via Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Além de Ednaldo, quase toda a diretoria da entidade também foi destituída, exceção feita a Fernando Sarney. Um dos vice-presidentes na gestão de Ednaldo Rodrigues e também articulador para a saída do ex-presidente, Sarney foi nomeado como interventor da entidade.


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“Pelo exposto, determino: 1- o afastamento da atual diretoria da CBF; 2- que o Vice-Presidente da CBF, Fernando José Sarney, realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor, o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários, ficando a seu cargo, até a posse da diretoria eleita, os poderes inerentes à administração da instituição, dispostos no art.7º do Estatuto da Entidade”, iindica a decisão.

‘Déficit cognitivo’ e falsificação

O processo referente ao pedido de afastamento de Ednaldo envolve uma suposta assinatura documental sem validade por parte do Coronel Antônio Carlos Nunes de Lima. O documento em questão, aliás, traria suporte a eleição do dirigente para o posto de presidente da CBF que ocorreu em 2022. Também com base nesse documento, assinado em janeiro de 2025, que Ednaldo Rodrigues se recolocou no comando da entidade após o primeiro afastamento judicial, que aconteceu em dezembro de 2023.

Porém, a alegação de quem moveu o processo aponta que o Coronel Antônio não estava no domínio necessário das faculdades mentais para assinar conscientemente tal documento. Isso porque, após uma cirurgia para tratar de câncer no cérebro, ainda em 2023, ele chegou a receber um relatório médico onde o Dr. Jorge Pagura apontou “déficit cognitivo”. Ao ponto, aliás, do mesmo ter assinado uma procuração para que outra pessoa tivesse autoridade para gerenciar questões pessoais como suas contas bancárias, por exemplo.

A possibilidade de uma falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima também entrou em pauta. Com direito, inclusive, a um laudo emitido pela perita Jacqueline Tirotti que indica “divergências em relação aos padrões apresentados, conforme demonstrado no exame, bem como, ressaltando a fragilidade do documento questionado, em razão da ausência de grampeamento/fixação de folhas e ausência de rubricas.”

O que diz a justiça

Na análise das evidências, não fica claro se a conclusão da justiça foi de acatar a suposta falsificação de assinatura. Por outro lado, Gabriel Zefiro deixa clara a sua avaliação, em um trecho da decisão, sobre a invalidade da mesma diante das provas médicas:

“A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente.”

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