Jogada10
·26 de julho de 2023
Jogada10
·26 de julho de 2023
Com boa dose de superação e mudança de postura entre os tempos, o Canadá reagiu na Copa do Mundo Feminina. Enfrentando a Irlanda, a seleção dirigida por Beverly Priestman saiu atrás graças a um épico gol olmípico, mas venceu, de virada, por 2 a 1, nesta quarta-feira (26/7). O resultado deixou as canadenses na ponta do Grupo B, com quatro pontos, enquanto as europeias estão matematicamente eliminadas com duas derrotas nas duas primeiras rodadas.
Com apenas quatro minutos de jogo, a primeira cobrança de escanteio, favorável as irlandesas, transformou-se em um dos gols mais bonitos da história da Copa do Mundo. Em batida do lado esquerdo, a ala Katie McCabe colocou muita curva na bola e encobriu a arqueira Kailen Sheridan, marcando um incrível tento de abertura da contagem na cidade de Perth.
Mesmo tendo posse de bola inferior, o caráter de organização e eficiência na hora de fazer sua transição ofensiva faziam da Irlanda uma equipe bem mais perigosa do que as atuais campeãs olímpícas. Não à toa, a goleira Sheridan precisou trabalhar pelo menos em outras duas oportunidades com maior exigência para evitar a ampliação da vantagem.
Tanto pelo aspecto técnico como também psicológico com a segunda derrota em dois jogos que se desenhava, as canadenses tinham dificuldades em estabelecer seu estilo de jogo. Sem conseguir se estabelecer na base da troca de passes dada a precisa marcação adversária, exageravam no uso da bola longa que pouco tinha efeito de perigo contra a meta de Courtney Brosan. Como prova desse cenário de dificuldade, a única oportunidade real do Canadá chegar a igualdade, até os acréscimos da etapa inicial, apareceu em cruzamento vindo da ponta esquerda que primeiro foi desviado por Kadeisha Buchanan e, na altura da pequena área, Vanessa Gilles mandou sobre a meta, pegando embaixo da bola.
Niamh Fahey, Jessie Fleming e Jordyn Huitema disputando a bola em Canada x Irlanda – Foto: Paul Kane/Getty Images
Quando o duelo parecia estar encaminhado para o intervalo com a vantagem parcial das irlandesas, já aos 50 minutos, a meio-campista Julia Grosso fez jogada individual pela esquerda da ofensiva canadense. Depois do cruzamento, o desvio da Megan Connolly que tentava afastar o perigo acabou indo contra a própria meta, tirando Brosan do lance. 1 a 1.
De maneira inversamente proporcional a primeira parte do jogo, com linhas de marcação mais compactas e agressivas, a seleção canadense voltou do intervalo com mais eficiência nas roubadas de bola e, pouco tempo depois de Jordyn Huitema dar trabalho a goleira Courtney Brosan em chute de fora da área, veio a virada no placar do HBF Park. Em passe preciso de Sophie Schmidt, Adriana Leon dominou bem na entrada da área e tocou de pé esquerdo, na saída de Brosan.
Com o placar favorável, a situação ficou bem mais condizente com o sistema de jogo do Canadá onde a posse de bola sendo arma essencial para a adminstração do resultado deixava a Irlanda em problemas para buscar sua reação. Não por acaso, apesar da necessidade, a meta de Kailen Sheridan só foi ameaçada quando McCabe fez linda jogada individual, invadiu a grande área e teve o chute bloqueado de maneira providencial pela zaga canadense.
Dessa forma, o último apito dado pela árbitra argentina Laura Fortunato consolidou a recuperação das campeãs olímpicas na Copa do Mundo Feminina e, consequentemente, a eliminação das irlandesas.
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