Em jogo insano, Barcelona tenta reviravolta, mas Atlético busca empate de oito gols | OneFootball

Como contar a história de um jogaço? Poderia ser um livro o duelo do Olímpico de Barcelona desta terça-feira. Que teve um início avassalador do Atlético de Madrid, e dois gols em cinco minutos. E uma reação que parecia ser definitiva do Barcelona, que virou para 4 a 2. Mas no último ato, depois de renascer das cinzas, o Atleti arrancou um empate em 4 a 4 para deixar tudo igual para o jogo da volta, que será uma página em branco.

No jogo de Madri, em abril, o Atleti, que parecia derrubado com dois gols de diferença no final, precisará de uma vitória simples para avançar. Assim como o Barça. Mas que tenhamos, acima de tudo, outro jogaço, como o de hoje. Com mais histórias para contar...

Cinco minutos de sonho

O começo do Atlético de Madrid foi absolutamente avassalador. Logo no primeiro ataque, Julián Álvarez obrigou Sczesny a fazer grande defesa. E na cobrança do escanteio ensaiada, Griezmann cruzou, Lenglet desviou e Álvarez apareceu no segundo pau para mandar para dentro.

O segundo gol saiu ainda aos cinco minutos: Álvarez aproveitou passe errado de Koundé, avançou em contra-ataque pela esquerda e mandou do outro lado para Griezmann, que cortou Baldé e, de perna direita, bateu forte para superar Sczesny.

A pancada no início não abalou o Barcelona. Ferrán Torres teve chance enorme de descontar aos 11, após grande passe de Raphinha, mas desperdiçou a chance. Pouco depois, Koundé, que falhou no segundo gol, avançou pela direita, tabelou com Lamine Yamal e mandou na área para Pedri completar para o gol.

O empate saiu praticamente na saída de bola. Após Gallagher ceder escanteio, Raphinha mandou na área e Cubarsí apareceu no alto para desviar e tirar Musso de cena: 2 a 2, em 20 minutos completamente insanos!

E não parou por aí, tá? O Atleti sentiu o momento negativo e, se Ferrán Torres perdoava sempre que tinha a chance, os zagueiros estavam on fire nas cobranças de escanteio. Aproveitando nova cobrança de Raphinha, Iñigo Martínez fez o 3 a 2.

Podemos dizer que a equipe da capital teve cinco, dez minutos de domínio. Depois, só deu Barça, e por pouco o placar não ficou maior ainda antes do intervalo. Yamal e Dani Olmo pararam em Musso. Mas a emoção seguiria na segunda parte.

Reação blaugrana, mas gol no fim

O Barcelona continuou mais intenso na volta do intervalo. Atrapalhou, demais, a saída de bola colchonera, e se manteve no controle de jogo. A equipe de Diego Simeone, que até ameaçou em um dos primeiros ataques com Griezmann, demorou a ameaçar novamente, e passou a se limitar aos contra-ataques.

Pouco depois de Sorloth, já aos 26 minutos, ter gol anulado por impetimento, Yamal colocou a bola debaixo do braço e resolveu: bagunçou a defesa pelo lado direito e mandou no meio para Lewandowski apenas empurrar para dentro.

Logo em seguida, quem fez o mesmo, mas longe da área, foi Raphinha, que recebeu bola na canhota, ajeitou com um pé e driblou rápido com o outro. Ganhou na velocidade e mandou na área para Lewa, que pegou de primeira, mas mandou para fora.

O que parecia um pesadelo foi virando, cada vez mais, um sonho para os Blaugrana, com direito a gritos de "olé" no Olímpico de Barcelona. Mas foi das cinzas que o Atlético renasceu: Ángel Correa mandou passe atrasado despretensioso, mas Marcos Llorente chegou com tudo e soltou a pancada para estufar a rede.

Já nos acréscimos, o capítulo final de um jogo incrível: Samuel Lino aproveitou escorregão de Koundé, avançou nas costas do lateral e, livre na área, rolou para Sorloth empurrar para a rede. 4 a 4 em um jogaço imprevisível, e reação colchonera no último ato!