Em noite de extremos, Inter se complica em Milão e Atalanta faz história em Anfield | OneFootball

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Calciopédia

·26 de novembro de 2020

Em noite de extremos, Inter se complica em Milão e Atalanta faz história em Anfield

Imagem do artigo:Em noite de extremos, Inter se complica em Milão e Atalanta faz história em Anfield

Depois de uma terça-feira positiva na Champions League, na qual Juventus e Lazio venceram, o futebol da Itália teve uma noite de extremos na quarta. Na Inglaterra, a Atalanta conseguiu um resultado importantíssimo contra o Liverpool e pode adicionar a seus feitos um triunfo em Anfield, um dos templos do futebol. Em Milão, porém, sua coirmã nerazzurra decepcionou. Com derrota caseira para o Real Madrid, a Inter se vê perto da eliminação na fase de grupos pelo terceiro ano consecutivo. Confira nossas análises das partidas.

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Liverpool 0-2 Atalanta

Depois dos tropeços em Bérgamo contra Ajax e Liverpool, Gasperini e toda a Atalanta sabiam que levar para casa pontos do Anfield era fundamental para continuar sonhando com mais uma classificação para as oitavas de final da Liga dos Campeões. O cenário parecia ainda mais convidativo para a Dea depois que se soube que Klopp pouparia parte de sua equipe e iniciaria a partida com os jovens Neco Williams, Rhys Williams e Curtis Jones entre os titulares, além de Divock Origi no comando do ataque. Contudo, o adversário ainda era o Liverpool e o estádio ainda era Anfield.


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Tínhamos, então, uma equipe que estava muito modificada – mas jogava em casa e tinha em campo peças querendo mostrar serviço – e uma Atalanta com DNA ofensivo e uma oportunidade de ouro pela frente. Dentro desta premissa, a expectativa era de um jogo bastante animado, mas não foi o que vimos, principalmente no primeiro tempo.

O jogo começou com os nerazzurri retendo a bola e se estabelecendo em campo ofensivo, tendo superioridade numérica na meia cancha graças ao posicionamento dos seus alas e o recuo de Gómez. Dessa maneira, a Atalanta conseguia trocar passes, trabalhar a bola e somar tentativas de ataque. Mas o Liverpool se defendeu bem, principalmente com Milner, que se desdobrava para acompanhar Hateboer e, ao mesmo tempo, não perder De Roon de vista.

Se pouco criava com a bola em seus pés, a Atalanta impedia que o Liverpool também a machucasse, induzindo Mané e Salah a um trabalho defensivo muito forte e obrigando os donos da casa a buscarem Origi como referência. O atacante não teve muito sucesso em seus apoios e o Liverpool teve apenas uma finalização de perigo no primeiro tempo, com Salah.

O Liverpool voltou melhor para a segunda etapa, disputando mais a posse de bola da Atalanta e conseguindo acionar os seus laterais em campo ofensivo. Fez 15 minutos positivos, empurrando as linhas de marcação da Dea e somando chegadas com certo perigo. Contudo, aos 58 minutos, a partida começou a ser decidida por Gómez.

O craque argentino recebeu pelo lado esquerdo, visualizou Ilicic no comando do ataque e quase fez o cruzamento. O Liverpool fechou bem. A jogada seguiu, com a Atalanta trocando passes em campo ofensivo e sempre buscando Papu como ponto de apoio. Até que Pessina recebeu de costas pro gol e atraiu a atenção da marcação; Gómez terminou solto e achou um passe maravilhoso para o mesmo Ilicic, que atacou o espaço e inaugurou o marcador.

Logo após o gol, Klopp chamou a campo quatro jogadores muito importantes para o funcionamento de sua equipe: Robertson, Fabinho, Firmino e Jota. Mas antes mesmo que pudessem se estabelecer em campo, a Dea aumentou a vantagem. Novamente pela esquerda, novamente com Papu como protagonista. O argentino recebeu a bola, levantou a cabeça e encontrou Hateboer nas costas de Robertson. O holandês escorou para o centro da área e Gosens marcou.

O Liverpool apertou o ritmo depois do 2 a 0 e conseguiu crescer na partida, já com muitos titulares em campo, mas acabou levando pouco perigo real à meta defendida por Gollini. O duelo acabou mesmo com vitória da Atalanta, que se coloca em posição favorável no Grupo D, já que enfrenta o – zerado e eliminado – Midtjylland antes do confronto direto com o Ajax. Enquanto os Reds seguem liderando a chave, com 9 pontos, holandeses e italianos têm sete.

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Inter 0-2 Real Madrid

No Giuseppe Meazza, o jogo começou com a Inter oferecendo a bola ao Real Madrid e marcando fechadinha, dentro do seu 5-3-2. Lautaro e Lukaku iniciavam a pressão ao primeiro passe dos visitantes, com Vidal sendo o homem que saltava para ajudar nesse trabalho. Antes que um cenário de jogo pudesse realmente se estabelecer, Hazard se desgarrou pela esquerda, Odegaard teve liberdade na entrada da área e encontrou Nacho livre, entre Hakimi e Skriniar. O zagueiro do Real Madrid recebeu e, quando ia finalizar, foi tocado por Barella: pênalti marcado e convertido por Hazard.

O gol sofrido não modificou muito as coisas para a Inter, que sofria para encontrar saída, fosse com jogo direto visando a dupla LuLa ou em saídas mais curtas desde a zaga. Brozovic faz muita falta nesse sentido, já que Barella fica sobrecarregado pela total incapacidade de Gagliardini de produzir, de forma contínua, com a bola aos pés. O Real Madrid, então, teve uma outra grande oportunidade logo aos 14 minutos, quando Vázquez acertou a trave. Mas depois o jogo caiu de ritmo, o que acabou sendo positivo para a Inter.

Mesmo sem levar real perigo e ainda jogando abaixo do que podem, os nerazzurri conseguiram respirar, encaixaram algumas sequências de trocas de passe e pareciam estar crescendo na partida. Aos 32, Gagliardini foi bem ao pressionar uma saída de bola do Real Madrid pelo lado direito e a bola terminou com Vidal, dentro da área. No momento da finalização, o chileno foi travado por Varane e caiu reclamando pênalti. O árbitro não marcou e deixou Arturo irado: o volante perdeu a cabeça na reclamação e terminou expulso.

Jogando com 10, a Inter alternou entre marcar com sua linha de cinco, com Barella e Gagliardini na entrada da grande área e o apoio de Lukaku e Martínez, a momentos em que formava duas linhas de quatro, com Skriniar como lateral pela direita e Hakimi mais avançado, com Lautaro fechando o lado contrário. Mesmo jogando com um homem a mais, o Real Madrid pouco conseguiu criar até o apito final da primeira etapa.

Na volta do intervalo, Conte trocou Bastoni e Lautaro por D’Ambrosio e Perisic, assumindo de vez o 4-4-1 para o momento sem bola, com Hakimi na segunda linha. Os ajustes propostos no intervalo fizeram a Inter crescer na partida e, mesmo em situação delicada, o time da casa conseguiu empurrar o Real Madrid e rondar a entrada da área rival com certo perigo. Contudo, com Lukaku em noite muito apagada e Barella sem nenhum suporte de Gagliardini, o Real Madrid conseguiu resistir bem e encaixou o contra-ataque para definir a partida.

Vázquez disparou pela direita, recebeu e cruzou para Rodrygo, tinha acabado de entrar e mandou pro fundo da rede. Apesar de o chute do brasileiro ter ido na direção da meta de Handanovic, a bola desviou em Hakimi e a Uefa considerou gol contra do marroquino.

Conte tentou algumas cartadas antes do fim do jogo. Colocando Sánchez no lugar do Hakimi, logo após o gol, e mais à frente lançou Sensi e Eriksen, mas a Inter criou apenas uma boa oportunidade de gol: aos 82 minutos, Perisic recebeu pela esquerda e bateu firme, para a boa – e única – defesa de Courtois.

Com a derrota em San Siro, a Inter está em situação muito complicada no grupo. Última colocada do Grupo B, com 2 pontos conquistados em quatro jogos, já não depende mais das próprias forças para avançar para as oitavas da competição. Para não ser eliminada com antecipação, na rodada que vem, precisa vencer o Mönchengladbach (líder, com 8 pontos), na Alemanha. O caminho para a improvável classificação passa ainda por vitória sobre o Shakhtar Donetsk (4 pontos) na derradeira jornada e um tropeço do Real Madrid (7) contra os ucranianos e/ou duas derrotas do Gladbach.

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