Zerozero
·09 de novembro de 2024
Zerozero
·09 de novembro de 2024
Esteve longe de ser fácil, mas o Rio Ave regressou aos triunfos na Liga Portugal Betclic (já não vencia fora de casa desde 17 de março de 2023, na altura contra o Santa Clara). Na partida de estreia de Petit, Clayton Silva e Brandon Aguilera foram os principais protagonistas de uma noite positiva, que terminou com alegria pintada de verde e branco (0-2).
Em relação aos últimos encontros, Cristiano Bacci mudou apenas uma peça. Pedro Gomes (suspenso por acumulação de amarelos) deu lugar ao também jovem Gonçalo Almeida. Do outro lado, Petit decidiu apostar nas qualidades de Ole Pohlmann em detrimento de Fábio Ronaldo, que acabou por ser remetido para o banco de suplentes.
Noite de reencontros no Estádio do Bessa. 90 minutos diferentes. Petit, que passou vários anos com a camisola axadrezada (enquanto treinador e jogador), foi o escolhido por parte da direção vilacondense para substituir Luís Freire no comando técnico da equipa. Tiago Morais, que brilhou com o Boavista antes de sair para o Lille, voltou pela primeira vez a uma casa que muito lhe diz - muitos assobios sempre que tocava na bola. Dois intervenientes pertencentes à história das panteras.
Apesar das emoções ligadas a este encontro, o Rio Ave não demorou muito tempo para marcar o primeiro golo com o novo timoneiro ao leme. Clayton Silva, que já tinha inserido o nome na lista de marcadores na última jornada, foi o responsável pelo primeiro momento de festa para a massa adepta que fez uma curta viagem desde Vila do Conde.
Ora, este belo golo revelou ser o mote para uma primeira parte muito bem disputada pelas duas equipas, pese embora os três amarelos mostrados em apenas... dez minutos. Nada travou a vontade e a qualidade dos intervenientes, que mostraram ânsia para chegar às respetivas balizas contrárias.
As melhores chances dos 45 minutos iniciais pertencem aos axadrezados, que tiveram de correr sempre atrás do prejuízo. Gonçalo Almeida, titular pela primeira vez esta temporada, esteve no centro de quase todo o perigo. Mas o defesa direito, adaptado a 'segundo avançado' ao lado de Róbert Bozeník, foi somando más decisões, deixando os adeptos à beira de um «ataque de nervos». Um peixe fora de água.
O avançado eslovaco também não esteve nos seus dias. O camisola nove, que conta com zero golos apontados em 2024/2025, desenhou algumas tentativas junto da baliza de Jhonathan, no entanto, nenhuma teve o selo pretendido. Acima de tudo, um Boavista com falta de eficácia e a cheirar o empate...
O intervalo acabou por trazer a mesma toada, «obrigando» Petit a fazer as primeiras mexidas. Fábio Ronaldo e João Novais para os lugares que pertenceram a Tiago Morais e Martim Neto. Uma pequena melhoria nos contra-ataques, fazendo com que o Rio Ave chegasse ao último terço com relativo perigo, aproveitando a velocidade de Fábio e o passe de João.
Mas o Boavista cresceu. Acreditou. Tentou. Ameaçou várias vezes. De nada serviu, pois a turma forasteira dilatou a vantagem, aos 76 minutos. Brandon Aguilera, que foi lançado com o decorrer do duelo, apareceu na área axadrezada - após passe de Fábio Ronaldo -, e bateu César, que ainda tocou na bola. A partir daí? Caldo entornado. Sebastian Pérez envolveu-se numa troca de palavras acesa com Amine Oudrhiri, fazendo com que os dois jogadores levassem cartão vermelho.
O resultado não sofreu mais nenhuma alteração. Estreia com o pé direito para o Rio Ave de Petit, apesar de várias dificuldades associadas. A mudança de treinador surtiu efeito no imediato, no entanto, há muito trabalho pela frente. O Boavista, por sua vez, regressará da paragem de seleções a saber que não poderá contar com o seu capitão.