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·15 de fevereiro de 2025
Everaldo chega ao Fluminense para ser sombra de Cano
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·15 de fevereiro de 2025
Nesta sexta-feira (14), o Fluminense encaminhou a contratação do atacante Everaldo para suprir a ausência deixada na reserva de Germán Cano. A transferência pode ser anunciada nas próximas horas.
Na última temporada, o Tricolor das Laranjeiras conviveu com uma turbulência quando o assunto era marcar gols. E, com as saídas de John Kennedy e Kauã Elias, os cartolas cariocas foram ao mercado em busca de um atleta para fazer sombra ao argentino da camisa 14. Encostado no Bahia, Everaldo foi o escolhido.
O Fluminense viveu uma péssima fase em 2024. Depois de ser campeão da Libertadores em 2023, o Tricolor das Laranjeiras foi ameaçado constantemente pelo rebaixamento na temporada seguinte e só garantiu a permanência na elite na última rodada, na vitória contra o Palmeiras. Muito disso passou pela má fase do ataque, principalmente dos três centroavantes do elenco.
Ao fim de novembro de 2024, alertamos aqui no oGol sobre a ineficiência ofensiva da equipe carioca. Naquela altura, Germán Cano e John Kennedy viviam má fase e Kauã Elias, apesar de começo brilhante, também acompanhou os colegas de posição na baixa marca de gols na temporada.
Ao todos, os três centroavantes marcaram 17 gols em 2024. A título de comparação, Cano balançou as redes 40 vezes em 2023 e 44 em 2022, ambas pelo Flu. Pablo Vegetti, atacante do rival Vasco que disputou as mesmas competições no ano passado, com exclusão da Libertadores, cravou 23 gols durante todo o ano.
Grande parte da salvação da equipe com relação aos tentos anotados veio por parte de Jhon Arias, que foi o artilheiro do elenco na temporada. Enquanto não esteve fora de jogos do Tricolor por convocações à seleção colombiana, Arias colaborou com 14 gols anotados, sete a mais que os vice-artilheiros Cano, Kauã Elias e Lima.
Na temporada de 2024, quando disputou o Carioca, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores, o Fluminense marcou 73 gols em 67 partidas. Esse foi o pior ataque da equipe em 26 anos: em 1998, o Tricolor marcou apenas 45 vezes, mas entrou em campo 35 vezes a menos, sendo 32 jogos ao total.
Os dirigentes do Fluminense não querem que o time passe pelo mesmo desespero de 2024 nessa temporada. A solução foi (e continua sendo) se lançar ao mercado para reforçar o elenco. Para 2025, foram 11 contratações para diferentes setores do campo, sendo o ataque o mais privilegiado.
Para a defesa, chegaram Marcelo Pitaluga, Renê e Juan Freytes. Para o meio, o Flu foi atrás de Hércules, Nonato e Victor Hugo. E para o ataque, Agustín Canobbio, Joaquín Lavega, Luan Brito, Paulo Baya e Everaldo foram os escolhidos. .
Everaldo vem de duas temporadas consistentes no Bahia, com mais destaque para 2023, quando marcou 20 gols e deu cinco assistências em 60 jogos. No ano seguinte, foram 58 partidas, 11 bolas na rede e seis passes para gol. Ele teria poucos minutos no Bahia com a chegada de Willian José, além da estabilização de Luciano Rodríguez, e preferiu a transferência para o Rio.
Favorável em auxiliar na criação das jogadas e jogar fora da grande área, Everaldo se sentiu confortável com o estilo tático de Rogério Ceni no Tricolor de Aço. O treinador pedia que ele, ao lado de Thaciano, realizasse os tradicionais "facões" nas costas da defesa para abrir espaço para Jean Lucas e Cauly surgirem como elementos surpresa.
Além disso, o centroavante de 33 anos era crucial na marcação. O jogador caía para a lateral para auxiliar na defesa e, se necessário, recuava mais que os próprios laterais do Bahia. A ideia de Ceni no comando técnico era estruturar a defesa e fazer pressão na saída adversária. O que deve ser diferente com Mano Menezes no Fluminense.
Everaldo seria o centroavante e, nos momentos de organização defensiva, seria o primeiro homem da pressão agressiva, mas fixo como homem mais avançado, sem cair para os lados. Sem a bola, o centroavante é instruído a ficar aguardando nos espaços e só atuar quando for acionado pelos demais companheiros.
No Flu, Everaldo teria que se adaptar. Por mais que o jogador atue com liberdade, como também foi em seu tempo no Kashima Antlers, ele terá de brigar pela vaga de Cano, um homem mais fixo dentro da área. O esquema de Mano Menezes é posicional, com um centroavante fixo. Tal função, porém, Everaldo já realizou anteriormente na carreira, como foi na Chapecoense e no Atlético Goianiense, por exemplo.