Esporte News Mundo
·13 de janeiro de 2021
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·13 de janeiro de 2021
Novamente, o Mamelodi Sundowns vive uma grande fase. Tanto nas competições nacionais quanto nos torneios internacionais. Engana-se quem pensa que os campeonatos africanos não são competitivos. A crescente evolução do futebol em países como África do Sul, Angola, Marrocos e Egito está atraindo cada vez atletas estrangeiros.
Sendo assim, não seria diferente com o Ricardo Nascimento. Em 2016, o brasileiro chegou no Mamelodi Sundowns e rapidamente ganhou destaque no time sul-africano. Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo (ENM), Ricardo analisou a boa campanha da equipe no campeonato nacional. Ao todo, o atual líder já conquistou 24 pontos em 10 jogos.
“Então, apesar da mudança de treinador, estamos fazendo um começo de campeonato excelente. Melhor começo de campeonato depois que eu cheguei aqui em 2016. O Sundowns é sempre favorito. Não tem como negar. É um time grande, muito forte e que sempre entra em qualquer campeonato para brigar pelas conquistas. Ultimamente, estamos conseguindo sair campeões, mas a disputa é muito forte. No último ano, só conseguimos ser líder na última rodada e, como consequência, saímos como campeões. O elenco do Sundowns é muito forte e há muito tempo que jogamos juntos, num trabalho bastante sólido”, disse o zagueiro ao ENM.
Além do Mamelodi, há outros dois clubes sul-africanos que são mundialmente conhecidos, formam grandes clássicos no país e também são adversários bem complicados dentro de campo, são eles: Orlando Pirates e Kaizer Chiefs. Entretanto, esta temporada está sendo algo bem atípico para ambas as equipes. O Pirates está no meio da tabela ocupando a sexta posição e o Chiefs está lutando contra o rebaixamento no 14° lugar. Nascimento comparou as diferenças entre as três principais equipes sul-africanas e dissertou sobre o atual momento dos rivais.
“Esses são os nossos principais rivais. São clubes muito tradicionais e grandes também. Eu penso que o Sundowns conseguiu manter excelentes resultados porque tem uma base muito forte e um time experiente com ótimos jogadores da base. Isso vem dando muitos frutos. O Pirates tem um excelente time, mas os resultados não são tão bons. O Kaizer neste ano não conseguiu contratar, acho que isso prejudicou a equipe deles, mas acho que o que mais pesa e dificulta é a pressão para ser campeão.”
Mesmo sendo considerado um ídolo pelos torcedores e um dos melhores jogadores estrangeiros no país, o atleta ainda não recebeu a oportunidade de tornar-se um cidadão sul-africano e, portanto, defender a seleção do país. Hoje, ele vê essa possibilidade como pouco provável de acontecer.
“Isso é muito legal. A torcida aqui é muito carinhosa. Desde que cheguei ao Mamelodi Sundowns, o clube e os torcedores me acolheram muito bem. Pude entregar e retribuir dentro de campo, conquistar títulos, fazer parte de equipes muito qualificadas. Também trabalhei muito por isso. Acho que tudo é fruto do esforço e da dedicação a esta camisa. Então, agora não penso muito nisso. Hoje, tenho 33 anos e talvez isso dificulte um pouco, mas seria uma honra”, falou.
Novamente, o Sundowns está na Liga dos Campeões da CAF e não tem muitos confrontos complicados pela frente. O único adversário difícil nesta fase será o Mazembe (Congo). Isso marca o favoritismo do clube no torneio. Diferente do seu rival Kaizer Chiefs que terá pela frente duelos complicados diante do Casablanca (Marrocos) e Petro de Luanda (Angola).
“A Liga dos Campeões da África é muito difícil. Aqui as viagens são longas e os campos muitas vezes são ruins. Tenho certeza que vai ser difícil a classificação, mas vamos brigar por esse objetivo. Como falei, o Sundowns sempre entra em qualquer competição pensando em vencer. O Sundowns é uns dos favoritos, espero conseguir esse título. Queremos muito voltar para o Mundial de Clubes, acho que os grupos estão muito equilibrados. O grupo do Kaizer, por exemplo, também está bem difícil. É um torneio que reúne os melhores do continente, não é fácil para ninguém ser campeão, mas vamos lutar com todas as forças para alcançar esse título para o clube mais uma vez.”
No Brasil, Ricardo Nascimento teve uma breve passagem pelo Palmeiras em 2009. Na época, o time estava sob comando do Jorginho interinamente até a chegada do Vanderlei Luxemburgo. Atualmente, Ricardo Nascimento vê poucas chances de retornar ao Brasil por conta da sua idade.
“Sei que hoje é quase impossível, mas seria ótimo! Minha passagem pelo Palmeiras foi maravilhosa. Aprendi muito com o treinador Jorginho na época. Queria muito ter jogado mais tempo, mas aprendi demais com ele e com o Palmeiras”, concluiu em entrevista ao ENM.
Neste sábado (16), o Mamelodi Sundowns entrará em campo para disputar mais uma partida do campeonato africano. O jogo que será disputado às 10h (de Brasília) será contra o Supersport United.
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