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·04 de abril de 2024

Ex-presidente da Federação Espanhola garante que não coagiu Jenni Hermoso

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Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), afirmou nesta quarta-feira que o seu beijo forçado à jogadora da Espanha Jenni Hermoso não foi uma agressão sexual, e garantiu que não a coagiu.

“Não consigo entender que isto seja uma agressão sexual”, disse Rubiales em entrevista à televisão La Sexta, a propósito do beijo que deu em Hermoso durante a cerimônia de entrega de medalhas logo depois da Espanha ter conquistado a Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia, em agosto do ano passado.


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Sua atitude percorreu o mundo, causando uma onda de indignação e acabaria precipitando sua demissão, apesar das resistências iniciais.

Rubiales insistiu que não consegue entender que isso seja considerado agressão sexual porque ocorreu “depois de vencer uma Copa do Mundo, entre dois amigos, disse a senhora Hermoso, que havia uma relação de confiança e amizade”.

O ex-presidente da federação lembrou que perguntou a Hermoso antes de beijá-la e “um agressor sexual não pergunta, e no contexto sexual não havia nada”.

Rubiales considerou que Jenni Hermoso inicialmente não deu importância ao assunto e depois mudou de posição por pressão, ao mesmo tempo em que negou que se possa provar que coagiu a jogadora a declarar que tudo havia sido consensual.

“Ninguém poderá provar que alguém da Federação coagiu, se é que falei com ela, mas ninguém poderá provar que coagimos”, garantiu Rubiales a La Sexta.

“Estou com a consciência tranquila, as coisas saíram do controle”, disse o ex-presidente da RFEF, que aguarda julgamento por este caso do beijo forçado.

Na semana passada, o Ministério Público pediu 2 anos e meio de prisão para Rubiales pelo caso deste beijo, pelo qual será julgado em data ainda a ser definida.

O Ministério Público acusa Rubiales de um crime de agressão sexual, pelo beijo em si, e outro de coação, por ter pressionado a atleta a “justificar e aprovar o beijo que recebeu contra a sua vontade”, conforme indicou o MP em seu documento, ao qual a AFP teve acesso.

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