oGol.com.br
·18 de setembro de 2024
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Na sua primeira temporada sem Mbappé em sete anos, o Paris Saint-Germain estava próximo de uma estreia decepcionante no Parque dos Príncipes. O time francês faltou com inspiração durante os 90 minutos, mas recompensou com intensidade na reta final e resiliência até o último minuto. A recompensa veio nos acréscimos. O goleiro Gazzaniga, que vinha sendo o principal nome do Girona, sofreu um frango estrondoso e deu ao PSG a vitória por 1 a 0.
Dono de uma das tabela mais difíceis neste novo formato da Liga dos Campeões, o PSG enfrenta o Arsenal, em Londres, na próxima rodada da competição. Já o Girona, busca a recuperação em casa, diante do Feyenoord.
Depois de sete temporadas, o PSG iniciou uma nova era na Liga dos Campeões. Uma era sem Kylian Mbappé, sem grandes estrelas e uma tentativa de fazer o coletivo sobressair o individual. O primeiro adversário do novo "projeto" do time francês foi o ambicioso, mas em reconstrução, o Girona.
O time espanhol levou para o Parque dos Príncipes uma equipe completamente diferente da que surpreendeu em La Liga na temporada passada. Forçado pelas vendas e pelo fim dos empréstimos, o Girona também estreou na Champions "de cara nova".
Com o favoritismo e a expectativa toda ao seu lado, o Paris Saint-Germain assumiu o protagonismo da partida e controlou a posse de bola durante todo o primeiro tempo. Na busca por colocar em prática seu novo estilo organizado e coletivo, o time francês sentiu a ausência de uma estrela individual e produziu pouco antes do intervalo.
Zaire-Emery liderou o meio-campo parisiense e carimbou todas as tentativas perigosas. Pela esquerda, Asensio recebeu com condições de avançar e infiltrou na área, antes de disparar rente à trave de Gazzaniga. Dembélé também tentou de fora da área e levou o mesmo risco ao goleiro do Girona.
Apesar da falta de criação ofensiva no primeiro tempo, o PSG saiu para o intervalo sem ser ameaçado pelo Girona. A marcação alta dos donos da casa dificultou a saída de bola dos espanhois e, as poucas vezes que conseguiu quebrar a primeira linha, os visitantes apresentaram repertório curto para continuar suas incursões ao ataque.
No segundo tempo, o jogo ficou aberto, o Girona ousou atacar os franceses e o PSG mostrou maior verticalidade. Com a nova postura das duas equipes, as chances apareceram, mas não foram aproveitadas.
Os visitantes, mesmo com menor presença do ataque, ameaçaram primeiro. Em cruzamento na área, Stuani desviou livre no segundo poste e o goleiro Safonov se esticou para evitar que a bola não chegasse limpa para Brian Gil.
O lance acordou o PSG e o entusiasmo do Girona ofereceu a melhor chance aos franceses, mas o resquício de individualidade impediu a abertura do placar. Em passe de Zaire-Emery, Dembélé recebeu com o campo de ataque livre para percorrer. O francês, porém, tomou decisões erradas no caminho para o gol, se recusou a soltar a bola em Barcola, livre ao seu lado, e permitiu a recuperação cirúrgica de Krejci.
Apesar do desperdício, a jogada serviu para colocar Dembélé na partida. Incomodado com o erro, o atacante tentou resolver sozinho, chamou a responsabilidade e passou a esbarrar na falta de sorte. Em arrancada pela esquerda, o francês mandou no travessão após desvio crucial de Gazzaniga.
Embalado pela intensidade do companheiro, o ataque do PSG passou a produzir em abundância e a perder grandes chances na mesma proporção. Em trama de Hakimi, Kolo Muani saiu da marcação, ficou cara a cara com o goleiro e tirou demais na hora da finalização. Na base do abafa, o lateral marroquino também recebeu sua oportunidade de ouro e não converteu. De frente com Gazzaniga, Hakimi fechou os olhos e soltou uma pancada na pequena área para um milagre do argentino.
Gazzaniga era, até o final do tempo regulamentar, o principal nome do empate importante do Girona em Paris. Mas, o destino da Liga dos Campeões transformou o herói em vilão com apenas uma jogada. Já nos acréscimos, Nuno Mendes cruzou rasteiro, sem tanta força, nas mãos do goleiro argentino, que deixou a bola escapar entre as suas mãos, passar no meio das suas pernas e morrer lentamente no fundo do gol. Um frango antológico que salvou a noite do PSG e impediu uma estreia emblemática ao Girona.