Jogada10
·04 de abril de 2024
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A Federação Espanhola (RFEF) e o Governo local entraram em contato com a Fifa com o intuito de solicitar uma reunião. Os dirigentes da entidade máxima do futebol estarão presentes em Madri, nesta quinta-feira (4). Segundo a imprensa local, o pedido tem como objetivo debater as acusações de corrupção que envolvem a federação do país e o seu último presidente, Luís Rubiales.
Afinal, de acordo com o “As”, a Fifa monitora os casos e suas possíveis evoluções. A entidade que administra o futebol a nível mundial pretende manter relações claras e estáveis com a Espanha, um dos países a sediar a edição de 2030 da Copa do Mundo.
Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola, é o principal acusado de corrupção – Foto: Thomas Coex/AFP via Getty Images
Rubiales e outros ex-dirigentes da federação espanholas são vinculados a episódios de irregularidades. Principalmente na assinatura de contratos pela instituição responsável pelo futebol do país, nos últimos cinco anos. As autoridades policiais detiveram o antigo mandatário no aeroporto de Madri. Contudo, houve a liberação dele depois de algumas horas.
Segundo informações, a Polícia espanhola encaminhou o ex-presidente para o posto da Guarda Civil nacional dentro do aeroporto. No local, Luís foi identificado e recebeu a notificação do processo contra ele.
A sede da Federação Espanhola foi alvo de investigação por parte da polícia local, no dia 20 de março, por denúncias de corrupção. Um dos casos envolve contratos suspeitos com a Arábia Saudita, quando houve a disputa da Supercopa da Espanha no Oriente Médio. Mandados judiciais tinham como objetivo colher informações junto a entidades públicas e privadas.
Simultaneamente, a Guarda Civil prendeu sete pessoas, nenhuma delas na sede da Federação Espanhola. Outras cinco pessoas ainda estão sendo investigadas. 11 residências também foram foco de buscas, e uma delas foi a do ex-presidente da federação, Luis Rubiales, na cidade de Granada.
O antigo dirigente foi quem assinou o contrato com os sauditas. Averiguações apontam que o vínculo garantiu uma receita de 40 milhões de euros (R$ 217,7 mi) por ano. O contrato era válido por seis anos, ou seja, 240 milhões de euros (R$ 1,3 bi) ao todo. Contudo, houve divisão dessa quantia entre a federação, os clubes que disputaram a competição e a Kosmos, empresa que intermediou o negócio.
Aliás, esta companhia tem o ex-zagueiro Gerard Piqué como proprietário. Pela participação na transação, a empresa cobrou 24 milhões de euros (R$ 130,6 mi).
Rubiales renunciou ao cargo após repercussão do escândalo em que ele deu um beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, depois da final da Copa do Mundo feminina.
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