Zerozero
·01 de dezembro de 2024
Zerozero
·01 de dezembro de 2024
No feriado da Restauração da Independência, o SC Braga venceu em Vila das Aves por 1-0. Depois de a primeira parte ter sido quase de descanso - aproveitando o feriado -, o SC Braga fez prevalecer o favoritismo no segundo tempo e cumpriu com as expectativas apontadas para o jogo.
Gabri Martínez desatou um nó de escuteiro, bem apertado pelo Chefe Simão Bertelli, que fez de tudo para manter a sua baliza inviolável - que o diga Bruma, que viu uma grande penalidade ser-lhe defendida.
No jogo que fechou o fim de semana da Liga Portuguesa, o SC Braga repetiu a receita europeia que levou de vencido o Hoffenheim a meio da semana, enquanto o AVS alterou a formula até então utilizada. Na estreia de Daniel Ramos no campeonato, os avenses entraram em 5-2-3, com Guatavo Mendonça - em estreia a titular na Liga - e Luís Silva no meio-campo e Piazón, Zé Luís e Mercado no ataque.
Em Vila das Aves, foi a equipa da casa a primeira a criar perigo. Numa pressão alta - algo que foi mais exceção do que regra -, o AVS deixou a construção bracarense desconfortável, Matheus e Roger não resolveram o lance de forma simples e Luís Silva, de primeira, atirou ao poste um remate de belo efeito.
Os arsenalistas apostaram na saída curta, mas a organização defensiva adversária foi impedindo o SC Braga de crescer no terreno e a partida ficou presa na monotonia, com posse mas sem a acutilância necessária para entrar no bloco adversário. João Ferreira foi o central mais destinado à saída, mas exagerou no passe longo para El Ouazzani, que não estava particularmente inspirado. O relvado escorregadio foi também evitando mais qualidade e sequência nas jogadas de ambas as partes.
A incapacidade criativa dos forasteiros - favoritos e com a responsabilidade de assumir as despesas do jogo - foi dando confiança ao AVS para chegar à frente. Zé Luís, sempre a jogar em apoio e com boas definições nesse momento, lançou Piazón e apenas Matheus evitou o golo.
Na parte final do primeiro tempo, lá se começou a sentir a superioridade dos Guerreiros do Minho. Gabri Martinez falhou, quase que inexplicavelmente, com a baliza aberta e, pouco depois, Simão Bertelli negou o golo a Bruma, que desviou um cruzamento já dentro da grande área. Pouca parra e muito pouca uva.
Depois da boa mostra no final do primeiro tempo, o SC Braga apareceu revitalizado no segundo tempo. Desde os primeiros momentos depois do reinício da partida, os arsenalistas armaram a tenda no meio-campo contrário e de lá não saíram durante muito tempo. Ricardo Horta rematou ao lado, Roger e El Ouazzani esbarraram em Bertelli - que foi mantendo a baliza a zeros com uma excelente exibição.
Os técnicos foram ao banco para tentar mexer com o marcador e o impacto foi bem claro. André Horta entrou, lançou Gabri Martínez e o espanhol bateu o guardião avense com um remate cruzado dentro da grande área. Golo merecido pelo volume ofensivo imprimido pela turma de Carlos Carvalhal.
O golo fez os bracarenses crescer animicamente e, pouco depois, Gabri voltou a ter oportunidade de marcar, mas Simão continuou gigante na defesa das suas redes. Cinco minutos depois, Jorge Teixeira cometeu grande penalidade - muito duvidosa - e acabou expulso. Na cobrança, Bruma voltou a esbarrar em Simão - o melhor em campo do lado caseiro.
O SC Braga venceu bem em Vila das Aves, depois de uma segunda parte de belo nível e que apenas não acabou com números mais expressivos pela excelente exibição do guardião contrário.